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Marvel planeja herói gay e pastores falam da polêmica

Produtora já havia destacado a importância da diversidade nos filmes

Rafael Ramos - 06/05/2019 18h33 | atualizado em 07/05/2019 15h58

Sucesso de Vingadores: Ultimato traça próximos planos da Marvel Foto: Reprodução

Com o sucesso do filme Vingadores: Ultimato, que já é a segunda maior bilheteria na história do cinema mundial, a Marvel Studios começa a planejar os próximos passos de seu universo cinematográfico. Um dos filmes esperados é Os Eternos que, segundo alguns rumores, pode trazer o primeiro herói gay da Casa das Ideias.

A questão já havia sido levantada pela produtora-executiva Victoria Alonso. Durante a première do filme Capitã Marvel, em Los Angeles, ela disse que “o mundo está pronto para um super-herói gay”. Alonso ainda defende que “se não colocarmos o pé sobre a diversidade e a inclusividade, não teremos sucesso contínuo”.

Fã de filmes de herói, o evangelista Glaudstone Dias, da Igreja Batista Pentecostal Mundial, em Campo Grande (RJ), afirma que a inclusão de um personagem gay nos filmes de herói soa como mais uma tentativa da comunidade em alcançar um maior número de pessoas.

– A comunidade LGBT quer fazer com que eles sejam aceitos diante do crescimento dos filmes de herói. É uma forma de eles irem se encaixando, assim como foi em novelas, minisséries e outros tipos de filmes. Vejo nisso que a Igreja tem um longo caminho pela frente. Trabalhamos muito com as coisas relacionadas ao mundo espiritual e não nos especializamos em pessoas – disse Glaudstone ao Pleno.News.

Tessa Thompson e Brie Larson interpretam, respectivamente, Valquíria e Capitã Marvel Arte: Pleno.News

Apesar do filme sobre os Eternos estar previsto apenas para 2020, Ultimato apresentou um personagem LGBT. Em uma das cenas, o Capitão América (Chris Evans) lidera um grupo de autoajuda e um dos integrantes, interpretado pelo diretor Joe Russo, relata seu encontro com outro homem.

Já em Thor: Ragnarok (2017) ficou no ar a sugestão sobre a sexualidade da personagem Valquíria (Tessa Thompson). Na internet, os fãs pedem para que os diretores criem um romance entre a heroína asgardiana e a Capitã Marvel (Brie Larson).

Produtora Victoria Alonso defende a diversidade em filmes de heróis Foto: IMDB

Esse posicionamento da Marvel não surpreendeu o pastor Eduardo Medeiros, da Igreja do Evangelho Quadrangular, em Curitiba. Ele espera, ao menos, que as próximas produções também abordem temas pertinentes à sociedade como um todo. Algo visto em Pantera Negra (2018), que explorou questões como racismo e representatividade.

– Seria muito preciosismo de nossa parte não esperar que eles abordassem as minorias. Não acho saudável fazer de conta que a comunidade LGBT não existe. Ela é uma realidade com a qual nós ainda não sabemos lidar como Igreja. São movimentos contemporâneos que a Igreja precisa dar resposta – disse Eduardo, que é idealizador do portal Parábolas Geek.

E, como toda forma de arte e cultura, é claro que o cinema gera uma forte influência na sociedade. De acordo com o pastor Tiago Stachon, da SkyChurch, em Curitiba, os movimentos socioculturais comandam a dinâmica da cultura pop e isso se reflete nos filmes.

– Qualquer que seja a mensagem, cabe a nós, cristãos, entendermos o que a Bíblia diz e qual deve ser nosso preparo para tratar essa mensagem em nós e na sociedade. Os gays existem faz tempo. Esconder essa realidade é um crime de não acolhimento a qualquer classe, etnia ou opção sexual humana. Excluir da ficção, sem ser um selo gospel, acredito ser uma tarefa impossível e sem volta.

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