Em 2017, Netflix baniu filme Pink após protestos LGBT
Plataforma acatou às reclamações do movimento na época
Camille Dornelles - 15/01/2020 10h53
Em meio aos protestos que a Netflix enfrenta de religiosos por causa do Especial de Natal Porta dos Fundos, vale lembrar uma situação semelhante ocorrida em 2017. A plataforma no México havia disponibilizado um filme que também foi alvo de críticas, mas de outro grupo.
O longa Pink, do diretor Paco del Toro, mostrava um casal homossexual que adotou uma criança. O filme mostra as dificuldades que podem surgir dessa configuração familiar e insinua que homossexualidade pode ser revertida. Então, foi alvo de protestos da comunidade LGBT.
Diferentemente do que acontece com o filme A Primeira Tentação de Cristo, o longa Pink foi banido por iniciativa da própria plataforma por causa das reclamações. A Netflix alegou que a obra era homofóbica e até o protagonista do filme, o ator Pablo Cheng, comemorou a censura na época.
– Foi o único papel do qual me arrependi – disse Cheng ao jornal Verne, na ocasião.
Sobre o filme do Porta dos Fundos, o Especial de Natal continua na plataforma, depois que o ministro do Supremo Tribunal Federal Dias Toffoli permitiu a veiculação. Mesmo assim, grupos cristãos e de outras religiões continuam protestando e a Associação Centro Dom Bosco de Fé e Cultura confirmou que vai recorrer.
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