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Ator fala do impacto de Deus Não Está Morto. Exclusivo!

David A.R. White deu sua visão sobre o novo longa e a atual relevância da Igreja

Jade Nunes - 13/08/2018 15h59 | atualizado em 13/08/2018 17h39

Ator, roteirista, produtor e diretor. O americano David A.R. White atua em muitas frentes. E em Deus Não Está Morto – Uma Luz na Escuridão, que chega aos cinemas brasileiros no dia 30 de agosto, ele interpreta o reverendo Dave, que precisa se manter firme em meio aos ataques a sua igreja.

O Pleno.News bateu um papo com R. White, que falou sobre seu trabalho no cinema, fé, família e, claro, o lançamento do terceiro filme da série Deus Não Está Morto. Confira!

Você é um dos sócios da Pure Flix. O que levou você a investir em uma produtora cristã?
Eu já faço filmes cristãos há muitos anos. Desde o começo dos anos 90. Como muitos, eu cresci na igreja. E, umas duas vezes por ano, eu ia à Organização do Billy Graham. Eu devia ter uns 7 anos. Lá, eles passavam filmes aos domingos à noite. E isso trouxe pra mim, uma grande paixão de expandir o gênero cristão, que, na verdade, nem existia naquela época. Não havia filmes sobre fé. Então eu tive uma intuição de que havia um gênero, um nicho de filmes para que as pessoas assistindo se inspirassem e encorajassem. Por isso, criamos a Pure Flix.

Quando você decidiu que queria trabalhar com cinema? Teve a influência de alguém de sua família?
Eu cresci como um menonita (grupo cristão, muito conservador, que descende diretamente do movimento anabatista, que surgiu na mesma época da Reforma Protestante). Então a gente não assistia a filmes, não dançava, nem bebia, ou fumava, nada disso. Então eu não cresci fazendo nada isso. Mas isso é o interessante. Deus coloca sonhos em nós.

Como então você saiu de uma comunidade muito conservadora para fazer filmes?
Eu frequentei a escola de Teologia por um ano, em Chicago, e abandonei para ir a Hollywood. Essa foi um decisão muito difícil. Eu me senti muito culpado na época, pois não conseguia entender o que Deus estava fazendo dentro de mim. Mas creio que era o que eu tinha que fazer. Os meus pais, no entanto, me apoiaram. “Desde que você sirva a Deus, não importa o que você faça, nós te apoiaremos”, eles me disseram.

Seus pais levavam você para a igreja?
Sim. Eu cresci como um cristão. Meu pai era um pastor muito conservador. Os menonitas são muito parecidos com os amish, mas nós usamos luz elétrica.

Você é ator, roteirista, produtor e diretor. Tem algo que você goste mais?
Depende do projeto. Eu gosto de contar histórias, então contanto que eu esteja fazendo isso… Essa é minha paixão.

Você já disse que vivemos um tempo de divisão e confrontos. Como você acredita que os filmes da Pure Flix podem ajudar as pessoas a se unirem mais uma vez?
Deus Não Está Morto, especificamente, retrata um olhar sobre a política obscura que está acontecendo em nosso país, e acredito que no de vocês também. O filme é, em sua essência, sobre união.

Kevin Sorbo em cena de Deus Não Está Morto Foto: Divulgação

Quando vocês fizeram o primeiro Deus Não Está Morto já imaginavam que faria tamanho sucesso?
Eu não imaginava. O primeiro, na verdade, foi um filme realmente pequeno. Na minha primeira cena, eu saía do avião. Eu fiz essa cena com o Kevin Sorbo. Ele estava deitado no chão e a chuva caindo. E aí eu pensei: esse filme não fará sucesso (risos). É brincadeira. Mas foi uma grande surpresa.

Este novo filme fala sobre o confronto entre a Igreja e a universidade. Como você acha que ele pode impactar as pessoas e, principalmente, aquelas que não têm fé?
Na essência, é apenas um excelente filme. E a gente vê que é um assunto que toca a todas as pessoas. O problema começa com a universidade sendo entregue ao Estado, essa ação gera um ataque. Há uma luta entre o Estado e a Igreja, e o Estado afirma que a Igreja já não faz sentido. Eu acho que isso impacta todos nós. E traz questionamentos.

No filme há a questão de uma igreja estar no mesmo espaço de uma universidade. Já o presidente Donald Trump costuma fazer orações em reuniões. Como você enxerga a união da religião com a educação e a política?
Isso sempre aconteceu. A separação do Estado da religião. Mas cada vez mais, em nossa sociedade, o governo e o sistema querem frear a Igreja. E é realmente sobre isso que fala o filme. A Igreja ainda é relevante nos dias de hoje? A Igreja consegue trazer amor e unir as pessoas?

Você gostaria de deixar alguma mensagem?
Eu apenas quero dizer que todos nós temos sonhos. Acho que é muito importante olhar para dentro, ouvir e seguir esses sonhos. Romanos 12 fala que temos dons diferentes de acordo com a medida que é dada a cada um de nós. Então, todos que estão aí são especiais de forma única, do jeito que Deus criou você para ser. Confie nisso. E você ficará maravilhado com o que Ele pode fazer através de você.

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