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Advogado do Porta dos Fundos diz que há “terrorismo religioso”

Gustavo Binenbojm afirmou que não existem violações no conteúdo produzido pela produtora no final do ano passado

Paulo Moura - 03/11/2020 10h37 | atualizado em 03/11/2020 10h39

Vídeo do Porta dos Fundos voltou a ridicularizar Jesus Foto: Reprodução

O advogado da Netflix e do Porta dos Fundos, Gustavo Binenbojm, comentou o processo envolvendo a divulgação do “especial de Natal” da produtora, intitulado “A Primeira Tentação de Cristo”. A exibição do conteúdo está sendo questionada no Supremo Tribunal Federal (STF) por violar a liberdade religiosa. Em uma entrevista ao portal Splash, do UOL, Gustavo alegou que há uma espécie de “terrorismo religioso” no caso.

– O que chama atenção é o elemento de violência por fanatismo religioso. O atentado à bomba teria alcançado seu objetivo, que é intimidar os artistas, que estariam sob ameaça para evitar uma reação violenta. É um alerta para que o Supremo não se deixe intimidar. Enquanto o mundo assiste horrorizado à reedição de atos violentos, como na França com Charlie Hebdo, agora importam para o Brasil uma espécie de terrorismo religioso – disse.

O advogado, que é professor da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), afirmou que o especial produzido pelo Porta dos Fundos e exibido pela Netflix não é uma violação à honra, já que, segundo ele, a homossexualidade, por si só, não é desonrosa.

– Não é um caso que trata de discurso de ódio, de violação à honra de alguém. Uma pessoa retratada como homossexual não teve a honra violada, ser homossexual não é desonra. O ódio está nos olhos de quem vê – disse.

No início deste ano, por decisão do desembargador Benedicto Abicair, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ), o especial teve sua exibição suspensa na Netflix —atendendo a uma ação movida pela Associação Centro Dom Bosco de Fé e Cultura. Entretanto, após uma liminar concedida pelo ministro do STF, Dias Toffoli, o conteúdo voltou ao ar.

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