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Advogada de Amber Heard diz que atriz não pode pagar Depp

Elaine Bredhoft afirmou que a artista planeja apelar do veredito proferido nesta quarta-feira

Paulo Moura - 02/06/2022 15h23 | atualizado em 02/06/2022 16h26

Amber Heard durante o julgamento Foto: EFE/EPA/Steve Helber

A advogada Elaine Bredhoft, que representou a atriz Amber Heard no julgamento contra o ator Johnny Depp, afirmou em entrevista que a artista não pode pagar os 8,35 milhões de dólares (R$ 40 milhões) de indenização ao ex-marido. Nesta quarta-feira (1°), Amber e Johnny foram condenados por difamação no julgamento que durou quase dois meses.

Em entrevista ao programa Today Show, da emissora norte-americana NBC, Bredhoft disse que Amber planeja apelar sobre o veredito. Ao ser perguntada se Heard seria capaz de pagar a indenização a Depp, ela respondeu que “absolutamente não”. A defensora ainda chamou a decisão do julgamento de “retrocesso”.

– É um retrocesso, um retrocesso significativo. (…) A menos que você pegue seu celular e filme seu cônjuge ou parceiro batendo em você, não acreditarão em você – afirmou.

A advogada sustentou que o júri que definiu a ação envolvendo Depp e Heard foi influenciado pela opinião pública, principalmente por meio das redes sociais. Bredhoft declarou que diversas coisas que não deveriam ter sido permitidas no tribunal acabaram sendo autorizadas.

– Não há como eles não terem sido influenciados. Foi horrível. Foi muito, muito desigual – apontou.

RESULTADO DO JULGAMENTO
No desfecho do julgamento, que aconteceu nesta quarta (1°), Amber Heard foi condenada pelo júri a pagar 10,35 milhões de dólares (cerca de R$ 50 milhões) por cometer difamação contra o ator. Depp também foi condenado por difamação, mas a quantia fixada foi menor: 2 milhões de dólares (R$ 9,6 milhões). Considerando o desconto do valor devido por Depp, a atriz terá que pagar 8,35 milhões (R$ 40 milhões) ao ex-marido.

Inicialmente, o júri condenou Amber em 10 milhões de dólares (R$ 48 milhões) por danos compensatórios e 5 milhões de dólares (R$ 24 milhões) por danos punitivos, totalizando 15 milhões de dólares (R$ 72 milhões). No entanto, a juíza Penney Azcarate, do Tribunal de Fairfax, reduziu os danos punitivos para 350 mil dólares (R$ 1,7 milhão), que é o limite legal do estado da Virgínia, fazendo a soma cair para 10,35 milhões de dólares.

No veredito, o júri determinou que Heard agiu com malícia real ao escrever um artigo no jornal The Washington Post no qual ela se dizia uma “figura pública” que representava o “abuso doméstico”. Johnny Depp está na Inglaterra para fazer um show com Jeff Beck e, por isso, assistiu à decisão ao vivo por vídeo. Já Amber ouviu a sentença presencialmente.

A batalha judicial em que Depp acusava Amber de difamação começou em 12 de abril, no Tribunal do Condado de Fairfax, no estado da Virgínia, Estados Unidos.

O escândalo, que custou a Depp seu papel na franquia Animais Fantásticos, teve início quando a atriz publicou um artigo no jornal Washington Post sobre o assunto, em 2018. No texto, Heard denunciava a violência que teria sofrido, mas não chegou a mencionar explicitamente o nome do ator. Contudo, o advogado do astro, Benjamin Chew, afirmou aos jurados que ficou claro que ela se referia a Depp.

No mesmo ano, Johnny entrou com um processo por difamação, pedindo uma indenização de 50 milhões de dólares (R$ 231 milhões). Amber, por sua vez, moveu uma ação pelo mesmo motivo, solicitando 100 milhões de dólares (R$ 466 milhões).

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