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USP estuda abandonar o SISU e criar novo método de seleção

A instituição pretende continuar usando a nota do Enem

Pleno.News - 29/11/2022 16h57

Universidade de São Paulo Foto: Cecília Bastos/USP Imagens/Divulgação

Pela primeira vez em sete anos, a Universidade de São Paulo (USP) estuda deixar de fazer parte do Sisu – o Sistema de Seleção Unificada comandado pelo Ministério da Educação.

A maior instituição de ensino superior do Brasil pretende continuar usando a nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para a seleção de novos estudantes, mas com um sistema próprio, desenvolvido pela própria USP.

No dia 20 de outubro, a proposta do novo sistema de seleção foi aprovada pelo Conselho de Graduação da universidade. No entanto, ela ainda precisa passar pelo crivo do Conselho Universitário, instância máxima que representa os docentes e estudantes da instituição.

No projeto apresentado, a seleção dos ingressantes passaria a ser feita diretamente pela Fuvest a partir de 2023 – em vez do SISU – usando as notas que os candidatos conquistaram no Enem. Em outras palavras, as notas do exame nacional seriam compatibilizadas com as da prova da Fuvest – mas ainda não se sabe qual seria utilizado.

Em defesa da proposta, o Conselho de Graduação explica que essa mudança permitiria o ingresso simultâneo dos alunos, agilizando um processo que ocorre em dois semestres diferentes.

De acordo com a USP, foram oferecidas 11.147 vagas em seus cursos de graduação este ano, dos quais 8.211 por meio do vestibular da Fuvest e 2.936 vagas pelo Enem.

Caso a alteração seja implementada, será divulgado um edital com o novo calendário acadêmico para que os potenciais calouros se inscrevam com a nota do Exame Nacional do Ensino Médio.

Nesse sentido, a Fuvest ficará responsável pelo remanejamento das inscrições e pela classificação e convocação dos candidatos selecionados.

O Sisu é uma plataforma digital, no ar desde janeiro de 2010, desenvolvida pelo Ministério da Educação. Ele é utilizado por milhões de estudantes para a inscrição nas instituições de ensino superior que aderiram total, ou parcialmente, com uma certa porcentagem de suas vagas (como é o caso da USP) à nota do Enem como forma de ingresso, em substituição parcial ao vestibular.

Ao longo dos anos, uma quantidade cada vez maior de institutos federais e universidades estaduais também aderiram ao sistema, que é respeitado mundialmente.

A base do Sisu é inspirada no Programa Universidade para Todos, com uma dinâmica por turnos. Durante o dia, fica aberta a seleção e modificação por parte dos estudantes; e na madrugada (23h59m às 1h59m), ele é fechado a edições.

Em seguida, o sistema gera o ranking classificatório e, por sua vez, uma nota de corte em cada curso disponível.

A dinâmica continua até o fechamento total das inscrições. Nesse meio-tempo, os estudantes podem verificar sua classificação no curso escolhido e alterar a opção, caso acreditem que não têm chance real de passar na primeira opção.

Além disso, o estudante também pode fazer a prova federal com interesse em ganhar bolsa integral ou parcial em universidade particular por meio do Programa Universidade para Todos (Prouni).

Em 2014, o Ministério da Educação incluiu a nota do exame na obtenção de financiamento por intermédio do Fies – o Fundo de Financiamento do Ensino Superior.

Fonte: NET Educação

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