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Reitores indicados por Bolsonaro criam associação após ataques

Representantes foram hostilizados por membros da Andifes por não terem sido os mais votados em lista tríplice

Paulo Moura - 18/02/2022 14h45 | atualizado em 18/02/2022 15h56

Membros da nova entidade de reitores junto ao ministro Milton Ribeiro Foto: MEC/Luis Fortes

Reitores de universidades federais nomeados pelo presidente Jair Bolsonaro decidiram se desligar da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições (Andifes), após serem hostilizados pela entidade. Eles criaram uma nova instituição para representar os interesses de suas universidades: a Associação dos Reitores das Universidades do Brasil (Afebras).

De acordo com o reitor da Universidade Federal do Ceará (UFC), Cândido Albuquerque, um dos integrantes da nova entidade, o motivo para a saída foi a hostilidade com a qual foram tratados pelos representantes da Andifes, em razão de terem sido escolhidos por Bolsonaro, mesmo não sendo os mais votados nas listas tríplices de suas instituições – prerrogativa presidencial que já foi, inclusive, confirmada pelo Supremo Tribunal Federal.

– O presidente da Andifes, o reitor Edward Madureira, dizia que nossas vagas iam permanecer reservadas para os primeiros colocados das listas das instituições. Não havia diálogo; é uma instituição totalmente aparelhada, que utiliza as universidades públicas como palanques políticos – relatou Albuquerque.

De acordo com Albuquerque, primeiro presidente da nova entidade, que terá sede em Brasília, a Afebras não se propõe a confrontar a Andifes, mas quer “propor pautas relevantes para o ensino público superior e abrir canais de diálogo com toda a sociedade, incluindo a própria Andifes”.

– Não vamos pedir passaporte ideológico a ninguém nem vamos exigir que os integrantes da Afebras deixem a Andifes – declarou.

Entre os integrantes da Afebras estão os reitores Paulo César Fagundes Neves, da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), e Herdjania Veras Lima, reitora da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), que não haviam participado do rompimento, além de quatro dos cinco que tomaram a iniciativa em julho do ano passado, que são:

– Cândido Albuquerque, da Universidade Federal do Ceará (UFC);

– Ludimilla Carvalho Serafim de Oliveira, da Universidade Federal do Semi-Árido (UFERSA);

– Edson da Costa Bortoni, da Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI);

– Janir Alves Soares, da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Murici (UFVJM);

O único membro que fez parte do grupo que idealizou a Afebras e que não faz parte do quadro atual da nova entidade é o reitor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Carlos André Bulhões Mendes, cuja universidade segue vinculada à Andifes.

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