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Professor utiliza Bíblia como referência em aula de História

Ideia surgiu após o questionamento de um aluno em presídio

Paulo Moura - 29/10/2019 08h04 | atualizado em 29/10/2019 09h33

Professor utiliza a Bíblia para ensinar História Foto: Reprodução

Livros de História podem muitas vezes ser encarados pelos alunos como “chatos” ou “monótonos” e afastar o interesse dos estudantes pela matéria, que tem papel tão importante no currículo estudantil. Mas um professor de Minas Gerais teve uma ideia aparentemente simples, mas que revolucionou sua forma de ensinar: Utilizar a Bíblia como referência histórica.

A ideia surgiu para o professor Di Gianne de Oliveira de uma forma simples, quase que “de repente”. Oliveira, que dá aulas há sete anos em uma escola na cidade de Lagoa da Prata, no interior de Minas Gerais, tem um projeto de extensão em que leciona para detentos dentro de presídios. Em um certo dia, ele percebeu que em um dos centros de detenção havia mais bíblias que livros de História, foi então que um aluno o despertou para um fato.

– Tudo começou quando percebi que havia mais Bíblias do que livros de História e um aluno me perguntou se a Bíblia podia ser usada como fonte histórica – afirmou.

Aquele questionamento foi o suficiente para que Di Gianne passasse a usar o Livro como fonte para o ensino da disciplina aos alunos.

– Fui mostrando a eles que era necessário separar o religioso da narrativa histórica. Fomos debatendo e criando um caminho com um início, meio e fim, até culminar na nossa apresentação final – contou.

Com o auxílio da Bíblia, a turma estudou sociedades como as dos egípcios, assírios e romanos, povos retratados no texto bíblico. O professor também estimulou os alunos a pesquisarem e compreenderem aspectos de conflitos atuais entre israelenses e palestinos ou do fundamentalismo islâmico. Di Gianne conta que o resultado foi um aumento do interesse dos alunos pelo estudo da História.

– Eles contavam que falavam sobre o projeto com seus parentes, que tinham mais assunto. Eu fui notando que aquilo tudo era uma semente do conhecimento e até a autoestima deles melhorou – brinca.

O educador explicou ainda que o método narrativo da Bíblia fez com que os alunos achassem interessante aprender a matéria.

– Queira ou não, até o aluno não religioso enxerga a Bíblia como um livro admirável pelo tempo que foi escrito e sua propagação até hoje. Eu lembro que dentro de sala de aula, na escola regular, já era possível fazer algumas ligações entre a narrativa histórica e passagens da Bíblia e o aluno gostava de saber disso e sentia uma proximidade com a matéria – completou.

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