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‘Não admito questões de gênero em livros didáticos’, diz Ribeiro

Ministro se opõe à essa abordagem para crianças de 6 anos

Monique Mello - 14/07/2021 15h12 | atualizado em 14/07/2021 16h11

Milton Ribeiro se opõe à ideologia de gênero em livros didático Fotos: Luis Fortes/MEC

O ministro da Educação, Milton Ribeiro, durante seu discurso na cerimônia de lançamento do cronograma para a implantação do Novo Ensino Médio no Brasil, afirmou não admitir questões de gênero em livro didáticos para crianças de 6 anos.

– Não vou permitir que, em livros didáticos, a gente possa levar questões de gênero para crianças de 6 anos de idade. Tudo tem o seu tempo certo. Não podemos violentar a inocência das crianças. Respeito as decisões dos adultos, mas discordo de falar para uma criança que ela pode ser menino ou menina aos 6 anos de idade. Esse é um compromisso de valores que nosso governo tem e não vamos abrir mão – declarou Ribeiro no auditório do Inep, nesta quarta-feira (14).

O ministro da Educação também aproveitou o discurso para fazer um balanço do primeiro ano à frente do MEC.

– Temos 38 milhões de alunos na educação básica pública no país. Alguns países não têm esse número de habitantes. Tenho 54 mil escolas rurais que não têm eletricidade, 4 mil escolas sem água e 3 mil sem esgoto, mas só se pensa em internet, e o que eu estava querendo dizer quando apoiei o veto (presidencial à internet nas escolas) é que temos de trabalhar com cautela, [pois] temos responsabilidade com recurso público – declarou Ribeiro.

Lançamento da campanha publicitária do Novo Ensino Médio Fotos: Luis Fortes/MEC

Ribeiro defendeu ainda o retorno às aulas presenciais e relembrou a “vergonha” que passou na última reunião do G20.

– Peço apoio para o retorno presencial às aulas. Não aguentamos mais. As crianças não aguentam mais. É muito atraso. Eu passei vergonha na Itália, porque todos os países (até África do Sul, que é um país muito semelhante ao nosso… [com] um grupo de pessoas bem carentes) já retornaram às aulas, e nós ficamos patinando. “Ah, tem que vacinar professor; tem que vacinar o…”. Tudo bem! Agora a conversa é vacinar os alunos. Com todo respeito, vai vacinar o cachorro do aluno, o passarinho… Vamos entrar aí e não volta mais. Precisamos voltar [às aulas presenciais] com todos os cuidados sanitários possíveis, mas temos que retornar — disse.

O presidente da República, Jair Bolsonaro, participaria do lançamento do cronograma, mas sentiu dores abdominais e foi internado no Hospital das Forças Armadas nesta manhã. O ministro Milton Ribeiro abriu o evento com uma oração pedindo pela saúde do chefe do Executivo.

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