Mais de 393 milhões de crianças chegam aos 10 anos sem ler
Informação consta em um relatório divulgado nesta segunda-feira
Pleno.News - 26/04/2021 17h14 | atualizado em 26/04/2021 17h30
Mais de 393 milhões de crianças em todo o mundo chegaram aos 10 anos de idade sem saber ler. A informação foi divulgada, nesta segunda-feira (26), em um relatório interativo que se baseia na contagem em números coletados desde 2015, quando a ONU aprovou os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
A ferramenta multimídia, chamada The Lost Potential Tracker, é o resultado de um projeto colaborativo entre a ONG Save the Children, a organização One Campaign e a Global Alliance for Education (GPE, na sigla em inglês) para monitorar a crise de aprendizagem em tempo real.
De acordo com os dados, que podem ser consultados on-line, mais de 190 mil crianças de 10 anos perdem diariamente um marco importante para garantir um futuro melhor, número equivalente ao dobro da capacidade do Camp Nou, maior estádio da Europa, destaca o relatório.
Ao longo de um ano, mais de 70,5 milhões de crianças chegam aos 10 anos de idade sem habilidades básicas de alfabetização, o equivalente a toda a população da França, revelando o “fracasso” dos líderes mundiais em proteger a educação infantil, denuncia em comunicado Tom Hart, diretor interino da ONE Campaign.
Além dos números, o rastreador interativo incorpora histórias de crianças afetadas e permite que os usuários se coloquem no lugar de um legislador e experimentem, em primeira mão, a importância de um financiamento eficaz.
Com base em dados do Banco Mundial, DA Unesco e DA ONU desde 2015, a ferramenta estima que, até 2030, mais de 1.063 bilhão de crianças terão completado 10 anos de idade sem saberem ler.
– Precisamos urgentemente que governos e doadores deem prioridade à resolução da crise de aprendizagem – disse a diretora da Save the Children, Inger Ashing.
Ela enfatizou a seriedade da situação nos países mais pobres e afetados por conflitos.
Por sua vez, a diretora da Global Alliance for Education, Alice Albright, considera o contexto “crítico” e apela a uma ação política e financeira “imediata” para não comprometer o futuro de milhões de crianças a longo prazo.
*Com informações da Agência EFE
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