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Governo irá reativar 1.315 bolsas de pesquisa científica

Capes falou sobre os cortes de benefícios de mestrado e doutorado

Camille Dornelles - 10/05/2019 10h47 | atualizado em 10/05/2019 10h57

Bolsas de estudo bloqueadas foram reativadas Foto: Pixabay

O Ministério da Educação anunciou que irá reativar 1.315 bolsas de estudo das 3.474 que foram canceladas nesta quarta-feira (8). De acordo com a pasta, os projetos foram reavaliados após o corte.

Constatou-se, então, que essas bolsas possuem conceitos 6 e 7, os mais altos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). O governo federal decidiu manter também aquelas de pesquisadores que retornaram ao Brasil há pouco tempo.

Os outros, porém, não devem ter o benefício renovado. As bolsas da Capes são oferecidas a pesquisadores que tiveram bom desempenho nos processos seletivos de programas de pós-graduação. Para estudantes de mestrado, elas são de R$ 1,5 mil por mês. Já para doutorandos, de R$ 2,2 mil.

O objetivo do valor é auxiliar nos custos de manutenção da pesquisa, além de transporte, moradia e alimentação dos estudantes. Em nota, a Capes esclareceu que o congelamento do benefício ocorre apenas para “bolsas ociosas”.

NOTA DA CAPES NA ÍNTEGRA
Todos os estudantes e pesquisadores que têm bolsa da CAPES em vigor terão os seus auxílios financeiros mantidos. A afirmação é de Anderson Correia, presidente da CAPES, durante coletiva à imprensa nesta quinta-feira, 9. Ele também informou que o congelamento de bolsas ociosas representa apenas 1,75% do total de 200 mil benefícios destinados à pós-graduação e formação de professores da educação básica.

O presidente também anunciou que 1.224 bolsas ociosas de programas com nota 6 e 7 (os conceitos mais elevados na avaliação da CAPES), classificados como de excelência, serão reabertas para serem ocupadas. Ainda serão desbloqueados cerca de 100 auxílios destinados a doutorandos que estão retornando do exterior para concluir suas pesquisas. “Nessas duas categorias, o desbloqueio acontecerá ainda nesta semana”.

Na última quarta-feira, 8, a CAPES congelou 4.798 bolsas que não estavam sendo utilizadas no mês de abril. A medida é parte das ações da instituição para cumprir o contingenciamento na administração pública federal. “A decisão foi tomada para conseguir fazer um diagnóstico da situação para fazer ajustes pontuais”, explicou Anderson Correia.

Com os desbloqueios das bolsas de programa 6 e 7 e de doutorandos do exterior, o número de benefícios congelados vai baixar para algo em torno de 3,5 mil. “Essas ações poderão ser revertidas mais à frente caso haja descontingenciamento em função da melhoria da economia do País”, argumentou o presidente da CAPES. O diretor de Gestão, Anderson Lozzi, também participou da entrevista coletiva.

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