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Aluna consegue vaga na USP após indicar fraude em cotas

Estudante na lista de espera mostrou que candidata aprovada é branca

Pleno.News - 15/03/2020 12h20 | atualizado em 15/03/2020 12h21

Estudante apontou fraude nas cotas raciais da USP Foto: Wikimedia

Uma estudante negra obteve na Justiça o direito de se matricular na Universidade de São Paulo (USP) após denunciar a suspeita de que uma aluna aprovada à sua frente fraudou o sistema de cotas.

A ação foi movida pela Defensoria Pública em nome de Juliane de Souza Almeida, classificada em primeiro lugar na lista de espera para pretos, pardos e indígenas (PPI) do curso de fisioterapia.

Ela conta que, ao ver a primeira chamada da Fuvest, checou os nomes dos aprovados nessa categoria da reserva de vagas para verificar se eles iam se matricular ou se já tinham escolhido outra instituição.

Ao ver as redes sociais, surpreendeu-se com a foto de uma das aprovadas, que indicava uma pessoa branca.

OUTROS CASOS
Em outubro do ano passado, a Defensoria Pública já havia enviado à universidade recomendação para a inclusão no processo seletivo de uma etapa de verificação da autodeclaração dos candidatos, de preferência por entrevista.

Atualmente, a USP exige apenas uma autodeclaração dos candidatos, mas uma resolução do Conselho de Graduação prevê que quem apresentar informações inverídicas no processo de inscrição pode ter a matrícula cancelada.

No final do ano passado, a universidade afirmou que investiga casos de pelo menos 21 estudantes suspeitos de fraudar o sistema de cotas da universidade e uma decisão de quinta-feira (12) permitiu que Juliane fizesse a matrícula.

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