Após crise na UFMT, MEC quer usar dinheiro da Lei Rouanet
Universidade teve fornecimento de luz cortado por causa de dívidas
Camille Dornelles - 17/07/2019 12h24 | atualizado em 15/08/2019 12h29
Nesta quarta-feira (17), o Ministério da Educação anunciou que estuda usar recursos da Lei Rouanet para museus ligados a universidades. O projeto faz parte do novo programa do MEC, chamado Future-se.
O valor estimado para o programa é de R$ 102 bilhões, dos quais R$ 50 bilhões já fazem parte do orçamento das universidades. O restante viria das demais fontes de financiamento previstas no projeto.
Além dessa medida estão a constituição de fundos imobiliários para vender imóveis ociosos que façam parte do patrimônio das universidades, a possibilidade de participação de Organizações Sociais na gestão de parte dos gastos e o aumento da captação de recursos do setor privado para financiar projetos -como o uso econômico do espaço público.
A proposta também prevê consórcios entre universidades para diminuir custos em aquisições. Ao resumir a proposta, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, disse que haverá quatro meios para obter recursos: “patrocínio, patrocinador, aluguel e parceria”.
A proposta deve passar por consulta pública. A ideia é enviar o projeto para o Congresso até o fim de agosto. Entre as leis que precisam ser alteradas, estão a lei de fundos constitucionais e de incentivos fiscais.
Nesta terça-feira, enquanto as medidas do novo programa eram apresentadas aos reitores no auditório do ministério, Weintraub divulgou nota em que prometia tomar medidas administrativas e judiciais contra os responsáveis pelo que chamou de “má gestão” da UFMT (Universidade Federal de Mato Grosso).
A instituição teve a luz cortada por falta de pagamento. O débito, que vinha desde o governo anterior, somava R$ 1,8 milhão.
*Folhapress
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