Camille Dornelles - 03/05/2019 12h40 | atualizado em 03/05/2019 14h32

Nesta quarta-feira (1º), uma estudante da Universidade Federal Fluminense (UFF) em Campos dos Goytacazes desabafou em seu Facebook sobre perseguições políticas que sofre na faculdade. Letícia Gonçalves de Mattos é estudante de Ciências Sociais.

– Já no primeiro período eu me deparei com um professor de Ciência Política que não tinha qualquer responsabilidade com os conceitos, chamando Sócrates de conservador e enfiando Lênin nas aulas de Grécia Antiga (isso numa turma de primeiro período), e lançando frases ridículas como “pobre de direita” e etc. Na prova deveríamos criticar a democracia liberal, visto que não tínhamos artigos que faziam uma boa avaliação desta perspectiva – iniciou.

A aluna também afirmou que ouviu críticas ao PSDB, ao antropólogo Roberto Damatta e a outras personalidades de direita e a favor do liberalismo.

– Em uma aula, uma professora ainda chegou a chamar o Bolsonaro de fascista, dizendo que estava torcendo muito para que o Haddad ganhasse – revelou.

Cansada das militâncias, a estudante e seu marido, o também estudante da UFF Eraldo da Silva Duarte, criaram uma página no Facebook para denunciar atitudes de professores e colegas.

– Nosso objetivo era apenas nos formar, mas no semestre passado um professor nos contou que desde o primeiro período os professores deste digníssimo curso nos identificavam como “diferentes” e comentavam isso nos bastidores. Ou seja, nós já fomos fichados desde o primeiro período simplesmente por não sermos de esquerda, e fizeram da nossa vida um inferno na primeira oportunidade – desabafou.

O relato viralizou e ultrapassou mil compartilhamentos em dois dias.

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