Viagens por Lula: Dilma fala hoje em Buenos Aires
Virgínia Martin - 25/04/2019 14h52 | atualizado em 25/04/2019 15h27
É hoje! A ex-presidente Dilma Rousseff volta ao cenário, desta vez, em terras argentinas. A agenda é nesta tarde de quinta-feira (25), quando ela participa de um protesto de estudantes e sindicalistas em Buenos Aires. A intenção de Dilma é a mesma: clamar pela soltura de Lula e pela prisão dos mandantes da morte de Marielle Franco. Nada novo. Mas, por que na Argentina?
A história revela proximidade da ex-presidente do Brasil com investidas políticas dos argentinos. Em 2017, Dilma esteve com Cristina Kirchner, em Buenos Aires. Foi levar solidariedade à ex-presidente da Argentina, segundo ela, uma amiga querida de muitos anos. Viajou para conversar sobre o que considerava uma perseguição judicial contra Cristina, que estava sendo acusada de traidora da pátria. Segundo a acusação, ela pretendia encobrir uma possível participação do Irã, em 1994, no atentado à sede da Associação Mutual Israelita Argentina.
Em 2016, a Argentina expressou gestos de apoio ao PT em um pequeno ato pró-Dilma realizado em Buenos Aires. Em um curso do Conselho Latino-Americano de Ciências Sociais, o público argentino gritou por Lula. Em 2018, a ex-presidente recebeu apoio político em Buenos Aires por ocasião do Fórum Mundial de Pensamento Crítico, em que falou na abertura. Ainda em 2018, em um ato por Lula Livre, artistas e intelectuais argentinos cantaram um clássico de León Gieco na presença de Dilma, também em Buenos Aires. Na Feira do Livro de Buenos Aires, no ano passado, Dilma apresentou a obra “A verdade vencerá”, escrita pelo próprio ex-Presidente Lula. E aproveitou para defender justiça no caso de Marielle Franco e na prisão de Lula, referindo-se a ele como vítima.
É notório que Dilma Rousseff tem dedicado tempo e despesas em uma campanha mundo afora com slogans como “democracia ameaçada no Brasil”. E é na Argentina que ela mais encontra certo “asilo político” para suas palavras. Enquanto faz suas viagens e gera despesas, também reivindica indenização pelo período de tortura na Ditadura.
O evento de hoje está sendo organizado pelo Comitê de Liberdade para Lula e Justiça para Marielle Franco da própria Argentina.
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Virgínia Martin é editora-chefe do Pleno.News. Formada em Jornalismo, com pós-graduação em Propaganda e Marketing, em Comunicação Empresarial e em Pedagogia, tem mestrado em Multimeios. |
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