Virgínia Martin - 07/08/2018 08h49 | atualizado em 07/08/2018 15h27

Na segunda-feira (6), os advogados de Lula protocolaram o pedido de desistência dele em pleitear por sua liberdade ao Supremo Tribunal Federal. Lula, preso na Superintendência da Polícia Federal (PF) em Curitiba desde o dia 7 de abril, parece estar tendo maior eficácia como político dentro da prisão do que fora dela. O plano anterior do PT, sempre articulado pelo ex-presidente, era recorrer à suspensão de sua pena de 12 anos, referente ao processo do tríplex no Guarujá, São Paulo.

Mas Lula mudou a estratégia. Por quê? O que faz um homem abrir mão da própria liberdade, já que afirma que foi injustiçado? Diante de seu virtual candidato a vice, Fernando Haddad, na chapa petista, Lula muda o jogo. Com isso, evidencia que a campanha Lula Livre não tem hoje o menor sentido. Manifestações pró-liberdade e gritos a favor de que o presidiário esteja livre parecem cair por terra.

O argumento declarado pelo ex-presidente foi a possibilidade – e o risco – de ser aberta uma discussão sobre sua inelegibilidade. Sendo assim, também fica claro que Lula ganha mais força eleitoral no lugar onde está, tornando-se cada vez mais vítima e mais aclamado pelos militantes do seu partido. Embora, a militância petista já comece a se mobilizar para um possível plano B. Afinal, como Lula não aparece, o PT fica um pouco sem “cara”.

E assim caminha o processo de Eleições 2018 com suas surpresas lógicas e ilógicas. Vamos ver qual será o movimento dos 30% a favor de Lula como pretenso candidato à Presidência. Enquanto isso, “o show deve continuar”.

Virgínia Martin é editora-chefe do Pleno.News. Formada em Jornalismo, com pós-graduação em Propaganda e Marketing, em Comunicação Empresarial e em Pedagogia, tem mestrado em Multimeios.

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