Leia também:
X O futuro será cheio de cotas para vários grupos de minoria

Polêmica sobre armas: do lado do bem ou do mal?

Virgínia Martin - 02/07/2018 10h27 | atualizado em 02/07/2018 10h39

Recentemente, uma foto de Eduardo Bolsonaro foi postada nas redes sociais. A imagem é de um dos filhos de Jair Bolsonaro, equipado com armamento pesado com pose de “pronto para defesa e para o ataque”. A reação da mídia veio em “efeito dominó”. Chamado de “pitbul da família Bolsonaro” pela revista IstoÉ, Eduardo se gaba e responde: “se for no combate a corrupção e a bandidagem podem me tachar de radical que é elogio”.

Obviamente, ninguém quer mais curtir cenas de violência. Amedrontados, os brasileiros tentam e retentam formas de se proteger da bandidagem que circula pelas ruas e surpreende qualquer um que esteja no lugar errado e na hora errada. Os criminosos sim, podem ostentar seu poder bélico. Postam sua autoridade com armas de fogo e cara de maus. Impressionam com seu poder de acuar, desmoralizar, enfraquecer.

Daí vem um deputado federal e “dá a cara a tapa”, encara o desafio diante dos opositores, dos deboches e de tudo o mais que vier na carona de uma iniciativa bombástica. Será que a população prefere ver o bandido armado? Será que escolhe os ataques e arrastões, com gente munida de fuzis?

Pleno News não defende a instigação à violência, mas pausa para refletir. A Segunda Emenda da Constituição dos Estados Unidos declara que: “sendo necessária à segurança de um Estado livre a existência de uma milícia bem organizada, o direito das pessoas a manter e portar armas não deve ser violado”. E conforme pesquisa do Pew Research Center (2017), aproximadamente 40% dos americanos dizem ter, pelo menos, uma arma. Marco Feliciano, também deputado federal, disse ao Pleno News que é a favor do armamento no Brasil e que nas casas americanas, em caso de qualquer invasão não permitida, o morador pode fazer uso de sua arma em legítima defesa. Conclusão: “ninguém desrespeita ninguém”, ele afirma.

A nação norte-americana não deu muito exemplo de paz em sua história de guerras. Mas o Brasil cai no sentido oposto, com direito a exagerada impunidade e excesso de capacidade de armamento da criminalidade. Enquanto a sociedade do bem, os Direitos Humanos, as organizações religiosas postam propostas de paz, “o lado negro da força” se municia.

Por aqui, já temos o Estatuto do Desarmamento. E ponto! Mas está aberta a discussão para as revisões e para as posturas polêmicas, como a de Eduardo. Sem deixar de lembrar de Neemias, personagem bíblico, que lutou pela reconstrução dos muros de Jerusalém. E aos trabalhadores deu espadas e lanças para a defesa. E disse: “Não tenham medo dos nossos inimigos. Lembrem de como Deus, o Senhor, é grande e terrível e lutem pelos seus patrícios, pelos seus filhos, suas esposas e seus lares” (Neemias 4:14).

 

Virgínia Martin é editora-chefe do Pleno.News. Formada em Jornalismo, com pós-graduação em Propaganda e Marketing, em Comunicação Empresarial e em Pedagogia, tem mestrado em Multimeios.
Siga-nos nas nossas redes!
Telegram Entre e receba as notícias do dia Entrar no Grupo
O autor da mensagem, e não o Pleno.News, é o responsável pelo comentário.