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Esquerda e Direita entre tiro, cusparada e facada

Virgínia Martin - 30/10/2018 10h21 | atualizado em 30/10/2018 10h29

Jean Wyllys ficou famoso pela cuspida no adversário Foto: Wilson Dias/ Agência Brasil

Temos um novo presidente. E independente de preferências partidárias, o Brasil agora precisa é de pacificação. Porque as brigas continuam. A esquerda derrotada, após anos no poder, quer montar um movimento de resistência, diz que vai organizar passeatas… A direita, comemora, mas nem sempre aceita cobranças. É proibido criticar, no entanto, não faz parte da Democracia, sejam as críticas vindas da esquerda ou da direita.

Aliás, você sabia que os termos direita e esquerda têm origem na Revolução Francesa? Era o ano de 1789, quando os membros do Terceiro Estado reuniram-se em uma Assembleia Constituinte para redefinir os rumos da França. Reunidos em um grande salão, dois grupos opostos debatiam. Sentados do lado esquerdo do ambiente, estavam aqueles mais exaltados e radicais. Era alinhados com a baixa burguesia e os trabalhadores. Do lado direito, ficaram sentados os mais moderados, tendendo à manutenção de certa ordem institucional tradicional, voltados para conciliação e com boa articulação com a nobreza e a alta burguesia. Daí derivam as noções de esquerda e de direita.

Voltando ao século 21, os grandes debates políticos continuam. Infelizmente, nem sempre são exemplo de excelência para o povo. E olha que partem de homens que se tratam de “Vossa Excelência”. O fato é que no decorrer da história parlamentar, o que não faltam são ações de violência e desrespeito tanto no meio do povo, quanto na cúpula de Brasília. Brigas entre poderosos são constantes, mas ataques precisam ser controlados.

Em, 1963, por exemplo, o pai de Fernando Collor de Melo, ex-presidente que sofreu impeachment, matou um colega parlamentar dentro do Senado Federal. Arnon de Melo (PDC/AL) era inimigo político de Silvestre Péricles Monteiro (PST/AL). Sem tolerar as afrontas do adversário, sacou uma arma e disparou contra Péricles, que sobreviveu. Mas o tiro acertou José Kairala (PSD/AC), que morreu horas mais tarde. Presos em flagrante após o crime, os senadores alagoanos acabaram isentos de punição.

Os anos avançam e os exemplos também. Em 2016, o deputado Jean Wyllys (PSOL/RJ), esquerdista revoltado ao votar contra o impeachment da presidente Dilma Roussef, cuspiu na cara do também deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ). Ora, ninguém sai por aí cuspindo nos outros. No ambiente em que homens eleitos decidem sobre a nação, isso seria ainda mais inadmissível. O episódio “ficou por isso mesmo”. E Jean ainda disse que faria de novo.

Em 2018, a violência cresce ao redor da política. Já presidenciável, Jair Bolsonaro recebe uma facada que perfura 15 cm de seu corpo e quase morre. Dizem que é fakenews, que a cirurgia e a cicatriz foram uma farsa. O esfaqueador é preso e o caso não rendeu clara solução.

Hoje? Há incertezas sobre se estamos seguros ou não. A polarização permeia os convívios sociais. Enquanto isso, o Brasil espera por socorro, tais são as demandas para colocar o país em ordem e progresso depois de tanta roubalheira. Pleno.News se preocupa e deseja que, neste momento, a única coisa vermelha que precisa ser atacada são as contas públicas. Porque o Brasil necessita sair do déficit vermelho e passar para o verde como país economicamente ativo.

 

Virgínia Martin é editora-chefe do Pleno.News. Formada em Jornalismo, com pós-graduação em Propaganda e Marketing, em Comunicação Empresarial e em Pedagogia, tem mestrado em Multimeios.

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