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Curtir ou não curtir, compartilhar ou não compartilhar

Virgínia Martin - 05/04/2019 18h36 | atualizado em 08/04/2019 13h58

A afirmativa pode ser até um pouco estranha ou até suspeita, já que Linus Torvalds é o criador do software Linux, concorrente da Apple e da Microsoft. Mas nesta semana, ele disse que “detesta as mídias sociais modernas”, como Facebook, Twitter e Instagram. Pasmem!

Sua opinião foi divulgada no Linux Journal e surpreende. Linus explica que o modelo “curtir” e “compartilhar” são apenas lixo. Ele acredita que as redes sociais são problema na indústria da tecnologia.

Pleno.News se interessou pelo tema, já que usa as ferramentas das redes para divulgar conteúdo. Na verdade, o que Linus aponta como lixo é a falta de controle de qualidade nos critérios de funcionamento destes itens. Ok, pode até ser. O mundo tem desenvolvido tamanha função automatizada, que nem sempre tem consciência do que está fazendo, seja curtindo ou compartilhando.

É certo que o uso de mídias sociais nem sempre tem sido bem utilizado. E as famigeradas fake news são como monstros no ambiente digital, acompanhadas de assédios diversos, terrorismo, ameaças e muita falta de educação de muitos. São verdadeiros ruídos na comunicação online.

Se a frase do fundador do Linux assusta, ela também alerta. E ele não está sozinho nesta posição. Muita gente tem “descurtido” as redes sociais, principalmente porque elas podem legitimar o anonimato. Para Linus, “o compartilhamento só deveria ser permitido mediante comprovação da identidade do usuário”. Está aí uma boa recomendação para o criativo Mark Zuckerberg.

Mas vamos ao que interessa: fazer um produtivo e inteligente uso destes canais. Porque eles também influenciam eleições, promovem oferta de vagas de emprego, movimentam o mercado publicitário, veiculam notícias sob o crivo dos críticos. E é aí que insiro mais uma questão na fala de Linus: “comentários”. Entre os insanos e de no sense, há sim salvação para muitas postagens diante de comentários quando são lúcidos e proveitosos.

Mas concordo que podemos maximizar o potencial de transmissão de conteúdo de extrema qualidade. Mídias como YouTube, Spotify e até o Airbnb estão aí para servirem como referência de redes sociais comprometidas com a seriedade. No mais, que cada um de nós invista na melhor forma de “curtir” e “compartilhar” e que o “olho no olho” jamais nos falte nas relações de interatividade.

Virgínia Martin é editora-chefe do Pleno.News. Formada em Jornalismo, com pós-graduação em Propaganda e Marketing, em Comunicação Empresarial e em Pedagogia, tem mestrado em Multimeios.

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