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A gordofobia precisa ficar fora de moda

Virgínia Martin - 17/01/2019 18h30 | atualizado em 18/01/2019 17h47

Padrões de beleza. Como definir? Em um mundo cada vez mais plural e inclusivo, cadê a coragem de se posicionar pela contra-cultura? Ou seja, assumir uma escolha sobre a própria aparência acima dos parâmetros impostos. Mas o mundo, principalmente artístico, que vive de imagem, assombra com suas regras sobre tamanho, idade, altura, cores… E oferece conflitos de escolhas.

O aparentemente velho é descartável. Os quilos a mais são amaldiçoados. Quem tem de mais ou de menos entra na mira dos críticos. E a vida segue com os desafios de cada dia. Já bem dizia Antoine de Saint-Exupéry, de O Pequeno Príncipe, que “só se vê bem com o coração, o essencial é invisível aos olhos”.

Mas os olhos das câmeras são bem mais cruéis. Nesta semana, percebi alguns casos de gordofobia. Sim! Trata-se de uma fobia ao que pode ser excesso em se tratando de peso. O primeiro caso veio da atriz Melissa McCarthy, do filme Madrinha de Casamento. Com ou sem holofotes, ela chamou atenção do repórter por sua aparência física. Em entrevista, ele perguntou: ‘Você não fica surpresa de realmente trabalhar nessa área, mesmo com esse tremendo tamanho?’. Melissa não sucumbiu com a resposta, mas revelou que já vinha sofrendo discriminação por estar acima da média de peso.

Outra atriz que me chamou atenção foi Krinsten Dunst, que recusou um salário de 10 mil dólares para interpretar um papel no filme Teenagers: As Apimentadas. Motivo: teria que se submeter à uma dieta pra lá de agressiva. Ela teria que entrar em forma em menos de um ano, depois de ter dado a luz ao seu filho.

Em Salvador (BA), outras inconformadas com ditames sociais resolveram criar o ato “Vai ter gorda na praia”. Assumiram o direito de serem gordas e poderem usar seus biquínis e maiôs na praia. E ainda reivindicaram a valorização das mulheres gordas. O ato faz parte de um movimento criado em 2016 pelo combate a gordofobia.

Casos daqui e dali e chegamos à equação que revela que mulheres já têm problemas demais para conquistarem seu espaço em várias áreas profissionais, por exemplo. E ser gorda, estar acima do peso, parece ser mais um desafio no mercado de trabalho.

Pleno.News reforça que o essencial realmente deve ser visto com o coração. E bate palmas para estas mulheres que fazem suas decisões em prol de sua felicidade e também em função de suas possibilidades genéticas, metabólicas, hormonais, etc… A boa notícia é que, além da saúde vir em primeiro lugar, tem muita gente querendo que ela seja corajosamente acompanhada de “me respeitem como sou”.

 

Virgínia Martin é editora-chefe do Pleno.News. Formada em Jornalismo, com pós-graduação em Propaganda e Marketing, em Comunicação Empresarial e em Pedagogia, tem mestrado em Multimeios.

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