União vence julgamento no STF e evita rombo de R$ 472 bilhões
Plenário virtual da Corte concluiu que leis do PIS e da Cofins podem limitar fatos geradores de créditos
Pleno.News - 26/11/2022 21h36 | atualizado em 28/11/2022 12h02
A União saiu vencedora no julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF) que mais poderia impactar os cofres federais no próximo ano. O plenário virtual do STF concluiu, na madrugada deste sábado (26), que as leis do PIS e da Cofins podem, sim, limitar os fatos geradores de créditos, evitando uma redução drástica na arrecadação dos tributos. O que poderia levar a uma perda estimada pelo governo em R$ 472,7 bilhões.
O relator, ministro Dias Toffoli, proferiu voto favorável à União e foi seguido pelos demais ministros, com exceção de Luís Roberto Barroso e Edson Fachin. A Unilever argumentava que a Constituição autorizava essas leis a disciplinarem apenas os setores econômicos que devem ter PIS/Cofins não cumulativo.
As empresas podem obter créditos tributários no regime de apuração de PIS/Cofins não cumulativo. Isto é, cada membro da cadeia produtiva paga os impostos, mas ganha crédito sobre suas aquisições para evitar a cobrança de tributo sobre tributo.
O conceito de insumos é importante porque esse tipo de despesa dá direito a crédito de PIS/Cofins às empresas. Mas ainda há uma discussão sobre o que são considerados insumos.
Em 2018, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) já havia derrubado instruções normativas da Receita Federal que consideravam insumos apenas os materiais diretamente conectados ao produto final. Na ocasião, a Corte decidiu que o conceito de insumos abrange toda despesa essencial e relevante para a atividade econômica da empresa.
*AE
Leia também1 Em decisão favorável a Eduardo Bolsonaro, juíza questiona Chico
2 Marcos do Val reclama de salário e diz que não irá se corromper
3 Bolsonaro não discursa em evento, mas acena a apoiadores
4 Em reação a Moraes, Valdemar discute travar PEC da Transição
5 Barroso: Responsabilidade fiscal não é só "coisa de direita"