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Todos os shoppings do país reabrem na segunda-feira

Presidente da Abrasce disse que o setor está animado com o último trimestre do ano

Pleno.News - 21/08/2020 18h59 | atualizado em 21/08/2020 19h15

Após cinco meses, todos os shoppings do país reabrem na segunda Foto: Pixabay

Depois de passar quase cinco meses fechados ou com restrições de funcionamento por causa da pandemia, pela primeira vez, todos os shoppings brasileiros estarão liberados para reabertura nesta segunda-feira (24), segundo levantamento da Abrasce (Associação Brasileira dos Centros de Compras).

No dia 26 de março, 100% dos empreendimentos estavam paralisados. Desde então, alguns foram abrindo com restrições ou permanecendo de portas fechadas. Agora, pela primeira vez, todos os 577 shoppings poderão ter algum grau de liberação, a depender das legislações locais.

– Foram meses muito difíceis, inimagináveis. Chegou-se a perder quase 70% das vendas em relação ao mesmo período do ano passado. O setor sofreu muito. Mas fizemos parcerias com os lojistas. E através de um investimento superior a R$ 5 bilhões conseguimos manter uma inadimplência e uma vacância sob controle. A gente ainda está longe do ideal, ali na casa de 55% a 60% ainda de queda de faturamento em relação ao ano passado, mas quando a gente pega as últimas semanas, essa queda de faturamento está na casa dos 30%. Então já tem algo muito próximo do que a gente tinha no ano passado – disse Glauco Humai, presidente da Abrasce.

A maior parte dos shoppings ainda segue com apenas oito horas de funcionamento. Apenas 10% deles estão com a abertura normal de 12 horas. Em alguns estados ainda há restrição para a presença de crianças ou com dias alternados.

O presidente da Abrasce afirmou ainda que o setor está animado com o último trimestre do ano, quando acontecem o Dia da Criança, a Black Friday e o Natal. O setor ficou prejudicado nas vendas de Páscoa, Dia das Mães e Dia dos Namorados. No Dia dos Pais ainda havia muitos shoppings fechados.

– No Dia das Mães, a queda em relação à data no ano passado foi de quase 70%. Já no Dia dos Pais foi na casa de 30%. Então houve uma evolução. Estamos trabalhando para a Semana do Brasil, essa data nova do varejo em setembro, mas apostamos muito na Black Friday e no Natal – disse Humai.

Ainda com cautela, ele afirma que existe a possibilidade de um Natal com vendas superiores ao ano passado. Os últimos meses foram de restrição nos horários e na quantidade de pessoas dentro dos empreendimentos, o que tornou o consumo mais assertivo, ou seja, o cliente desenvolveu o hábito de planejar mais as compras, levando menos tempo para escolher os produtos, um comportamento que ainda deve permanecer nos próximos meses, segundo as estimativas de Humai.

– O tempo que a pessoa passa no shopping caiu de 76 minutos em média para a casa dos 30 a 35 minutos. E os shoppings ainda sem muita opção de entretenimento. Até pouco tempo não tinha restaurante, não tem cinema, teatro nem parque de diversão ainda. Realmente, o shopping foi mais usado para compras – disse ele.

Segundo Humai, os pedidos dos lojistas por reduções nas cobranças de aluguel se acomodaram, e se fez um entendimento de que as empresas de shopping centers poderiam contribuir com os lojistas, os quais voltariam a pagar os aluguéis nos níveis mais próximos dos níveis pré-pandemia, mas o condomínio continuaria sendo pago para a manutenção dos empreendimentos com segurança.

– Dos 110 mil lojistas nos shoppings, tivemos cerca de 3 a 5 casos que foram judicializados. Houve realmente um entendimento – contou.

Sobre as lojas fechadas definitivamente, Humai afirma que o lojista pequeno não teve acesso a crédito.

– O shopping subsidiou grande parte, mas era limitado. Então os lojistas menos estruturados não aguentaram ficar meses parados. E fecharam as portas – relatou.

Segundo ele, a vacância no setor, ou seja, o espaço desocupado por lojas nos shoppings, era de 4,5% em fevereiro.

– Muitos analistas acreditavam que a gente ia voltar a operar no final do ano com uma vacância próxima a 20%, mas o que a gente observa é uma vacância na casa de 7% a 8% no máximo. A gente sabia que conseguiria segurar essa vacância pelos acordos e pela dinâmica do mercado.

Segundo ele, 60% dos shoppings são pequenos lojistas e franquias, que tiveram dificuldade.

– O crédito não chegou. Cinco meses depois, a gente continua com uma situação muito próxima de fevereiro e março, não se acessa crédito. Só os grandes conseguem. Isso leva a alguns fechamentos, mas não é generalizado. Alguns empreendimentos estão saindo com taxa de vacância menor do que entraram – disse.

*Folhapress/Joana Cunha

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