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Sistema econômico surgiu na Europa ocidental e causou mudanças na sociedade

Rafael Ramos - 19/06/2019 15h48

Capitalismo é adotado em mais de 200 nações Foto: Reprodução

Criado no início do século 15, o Capitalismo foi um marco divisório na mudança da Idade Média para a Moderna. Tal alteração se deu pelo enfraquecimento do sistema feudal na Europa Ocidental e o surgimento da burguesia.

Diversas modificações ocorreram na sociedade da época com o aumento da urbanização e a aplicação de novas técnicas de fabricação que barateavam a mercadoria. Baseado na propriedade privada e no acúmulo de capital, o sistema econômico, e até mesmo ideológico, é adotado por mais de 200 nações, como Brasil, Estados Unidos, Austrália, Inglaterra e Nova Zelândia.

O mestre em Economia Eduardo Amazonas sintetiza que o Capitalismo foi acompanhando essas revoluções e como as formas de trabalhar e de obter lucro foram sendo afetadas. Um dos pontos cruciais nessas transformações foi a chegada da Revolução Industrial, na Inglaterra do século 18.

– Com a Revolução Industrial, os agricultores foram trabalhar nas indústrias. Com o tempo, as pessoas tinham curso técnico porque o mundo foi evoluindo com o conhecimento. No final do século 20, passamos para a era do conhecimento e da informação. O trabalho braçal virou mental e esse conhecimento trouxe novas tecnologias, que proporcionaram um mercado internacional – explica Eduardo ao Pleno.News.

A Revolução Industrial foi um dos fatores movidos pelo capitalismo Foto: Reprodução

A Revolução Industrial e o Capitalismo estão fortemente ligados, já que a mesma proporcionou as novas técnicas de produção de mercadoria. Tal avanço também se deu pela luta dos trabalhadores por melhores salários e maior participação política. A melhoria salarial, que tornavam necessário o aumento da produtividade para serem recuperadas, em novo nível de acumulação de capital.

A busca por uma melhor produtividade também é algo visado pelos capitalistas, o que lhes permite produzir mais por um menor custo. Entretanto, é preciso bons profissionais qualificados para que essa melhoria obtenha êxito. Algo não tão positivo no Brasil.

– A legislação é péssima no país e mexer nessas legislações deixa tudo mais confuso porque dificulta a entrada de empresas no Brasil. Em 63 nações, estamos na 59ª posição na área de competitividade. Já a legislação comercial coloca o Brasil na posição 62. Nossa política tributária fica no 38º lugar.

A competitividade aliada ao lucro também é ponto importante dentro desse modelo de sistema econômico. Outro fator que caracteriza bem o Capitalismo é a lei de oferta e procura. Em suma, oferta é a quantidade de um produto disponível no mercado e a procura consiste no interesse do consumidor em relação ao mesmo.

Eduardo Amazonas explica que é preciso equilíbrio na economia de mercado entre demanda e oferta. Ele ainda pontua que a competitividade fez com que o mercado diminuísse com o crescimento dos oligopólios, onde empresas passam a comprar outras empresas. Algo visto, por exemplo, na compra da Avon pela Natura, formando assim o quarto maior grupo exclusivo de beleza do mundo.

– Quando falamos desse mercado, entramos em uma competição internacional. E quando falamos do liberalismo econômico, ele prega o bem estar social e a satisfação pessoal. Mas as pessoas estão distorcendo a base do liberalismo econômico, que são o deixar as pessoas empreenderem, irem de um lugar ao outro e o crescimento do mercado internacional de bens e serviços. Isso é base da globalização. Mas não é isso que acontece. Existe muito discuso, mas a realidade é totalmente diferente.

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