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Saiba o que é o modelo de capitalização da Previdência

Ministro Paulo Guedes defende a mudança na proposta de reforma que será enviada ao Congresso

Henrique Gimenes - 09/01/2019 15h56

Entenda como funciona o modelo de capitalização da Reforma da Previdência Foto: USP Imagens

Uma das principais propostas que serão enviadas pelo governo ao Congresso este ano é a Reforma da Previdência. O tema, que já é discutido pelos parlamentares desde o governo Temer, é considerado prioridade para a equipe econômica como uma maneira de equilibrar as contas públicas.

Uma das alterações que será incluída no texto, de acordo com o ministro da Economia, Paulo Guedes, é a adoção do sistema de capitalização. Para ajudá-lo a entender como funcionaria essa mudança, o Pleno.News explica o que é a capitalização.

O modelo adotado atualmente no Brasil é o de repartição, quando os trabalhadores ativos financiam os aposentados e pensionistas atuais. O sistema funciona como um grande fundo que é abastecido pela população ativa, que aumenta com a entrada no mercado de trabalho das novas gerações.

Já o modelo de capitalização funciona, basicamente, como uma poupança que o próprio trabalhador faz para garantir a sua aposentadoria. A contribuição é feita de maneira individual.

Outra diferença é que o modelo de repartição é administrado pelo Governo Federal por meio do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS). Já no modelo de capitalização, a administração é realizada por instituições como bancos, seguradoras ou fundos de pensão.

Os valores pagos aos aposentados nos dois modelos também apresentam diferenças. No sistema de repartição, o valor mínimo pago pelo governo ao aposentado é de um salário mínimo, podendo chegar a até R$ 5.645,80, o teto do INSS em 2018. Com a capitalização, não há um valor mínimo ou máximo a ser pago, já que o trabalhador pode contribuir espontaneamente para o fundo.

A adoção da capitalização, no entanto, irá custar bastante caro ao governo, que perderá recursos vindos da arrecadação. O dinheiro iria para as contas individuais dos trabalhadores e o INSS teria que pagar as aposentadorias sem esses valores.

Há também os críticos do modelo de capitalização, que afirmam que aposentados podem ganhar menos do que um salário mínimo de benefício, assim como a dificuldade de trabalhadores informais pouparem por conta própria.

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