Henrique Gimenes - 08/07/2019 15h00

Na semana em que a reforma da Previdência deve ser votada em dois turnos pelo plenário da Câmara dos Deputados, o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que o texto atual “foi uma construção parlamentar”. A declaração foi dada nesta segunda-feira (8).

O parecer foi aprovado pela comissão especial na última semana e deve representar uma economia de cerca de R$ 990 bilhões para a União em um período de 10 anos. De acordo com Maia, os 308 votos para a aprovação do texto serão uma “construção do Parlamento” e não uma “construção do governo”.

– Acho que a construção desse texto se deve à capacidade de diálogo, ao equilíbrio do parlamento brasileiro. Todos participaram. Aqueles que defendem a proposta e aqueles que não defendem a proposta. Então, é importante que a gente entre nesta semana com essa clareza, que a construção do texto foi uma construção parlamentar – ressaltou.

Sobre a participação do governo no caminho da reforma, o presidente da Câmara afirmou que teve ajuda em alguns momento, mas que o governo também atrapalhou em outros.

– O governo ajuda, o governo, em alguns momentos, atrapalhou, mas tem ajudado nas últimas semanas. Mas precisa ficar claro nesse processo, exatamente para que os deputados tenham o conforto para votar, que o resultado desta semana será o resultado do esforço, do trabalho e da dedicação de cada deputado e de cada deputada – destacou.

Rodrigo Maia ainda disse esperar que, após a aprovação da reforma da Previdência, o governo “retome o seu protagonismo” e proponha uma agenda para o Brasil.

– É por isso que precisamos enfrentar esse primeiro obstáculo, sabendo que, no dia seguinte, a nossa esperança é que, não apenas o Parlamento, mas que o Poder Executivo também retome o seu protagonismo, retome uma agenda de recuperação econômica desse Brasil – apontou.

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