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Relator do Orçamento diz que se “surpreendeu” com vetos de Lula

Danilo Forte fez críticas à articulação do governo no debate do tema

Pleno.News - 23/01/2024 20h04 | atualizado em 24/01/2024 11h28

Deputado Danilo Forte Foto: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados

O relator da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2024, deputado Danilo Forte (União Brasil-CE), afirmou, nesta terça-feira (23), em entrevista à Globonews, que se “surpreendeu” com os vetos do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PL), ao mecanismo que relatou.

– O que mais me surpreendeu foram os vetos à LDO porque a LDO foi construída no amplo debate – defendeu.

Falando em um “festival de vetos”, Forte fez críticas à articulação do governo no debate do tema.

O deputado prevê que haverá um debate para a derrubada dos vetos, mas que este só deve ganhar forma em fevereiro. Para ele, a prioridade deve ser a derrubada de outros que não o referente às emendas parlamentares.

– Não vejo brevidade nos vetos dos R$ 5,5 bilhões – disse.

E completou:

– Foram 35 vetos na LDO, de forma aleatória, e depois a gente conversando com o próprio governo (…) foi perceptível que faltou uma interlocução da coordenação do governo com os ministérios, por isso foi esse festival de vetos na LDO – disse o deputado, em crítica à articulação do Executivo.

Com relação aos vetos na Lei Orçamentária Anual (LOA), Forte afirmou que esses têm uma justificativa “tanto em função da questão inflacionária, que realmente reflete sobre a construção do orçamento, como também do espaço que isso deve ser redefinido ou não”, disse.

O deputado também defendeu que o debate relacionado ao contingenciamento da LOA possa ser feito no final do ano.

Sobre a influência cada vez maior do Legislativo no orçamento, o parlamentar defendeu que a autonomia do Congresso foi “consolidada”. Segundo Forte, a gerência cada vez maior que os parlamentares têm sobre o orçamento é um modelo que evita os “toma lá da cá” e que o real problema do governo são as “pautas-bomba” que, segundo ele, “tanto prejudicam o Executivo quanto prejudicam o Legislativo”.

*AE

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