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Presidente do Banco Central sobre inflação: “O pior já passou”

Roberto Campos Neto: Brasil é um dos poucos países que está tendo revisões para cima das expectativas de PIB

Gabriel Mansur - 27/06/2022 12h17 | atualizado em 27/06/2022 12h18

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, demonstrou otimismo para o cenário econômico brasileiro. Nesta segunda-feira (27), ele afirmou que “o pior momento do processo inflacionário no Brasil já passou”.

Segundo Campos Neto, os últimos dois números da inflação vieram, pela primeira vez, dentro das expectativas. Ou seja, não houve surpresas de alta nos preços. A prévia da inflação de junho ficou em 12% no acumulado dos últimos 12 meses, de acordo com o IBGE.

– A gente ainda tem no Brasil um componente de aceleração da inflação, mas os últimos dois números foram, pela primeira vez, dentro da expectativa. A gente acha que o pior momento da inflação no Brasil já passou — disse o presidente do BC no 10º Fórum Jurídico de Lisboa, em Portugal.

Campos Neto ressaltou que o governo vem estudando algumas medidas para atenuar as altas no preço para o consumidor e enfatizou ainda que o BC precisa aguardar e entender qual será o efeito delas no processo inflacionário.

Para o presidente do BC, muitos países estão fazendo políticas descoordenadas nesse sentido e isso pode gerar uma queda de investimentos nesses setores.

– Essa falta de coordenação está gerando uma queda em investimento tanto em energia (como combustíveis) quanto em alimentos. A gente precisa entender que quem produz alimentos e energia não é o governo, é o setor privado, e o governo tem que funcionar, tem que endereçar o problema das classes sociais mais baixas, mas a gente não pode se desviar da prática de mercado, porque afinal das contas é o mercado que produz alimentos e energia – disse Campos Neto.

Os reajustes em sequência nos preços dos combustíveis têm incomodado o presidente Jair Bolsonaro, que é pré-candidato à reeleição. Prova disso é que ele sancionou o projeto que impõe um teto na cobrança do ICMS e também estuda uma PEC para criação do “PIX caminhoneiro”, além da ampliação do Auxílio Brasil e do auxílio gás.

PIB E ALTA NOS JUROS
Roberto, por fim, afirmou que o Brasil é um dos poucos países que está tendo revisões para cima das expectativas de PIB. Na semana passada, o BC elevou sua projeção de crescimento de 1% para 1,7%, apesar da expectativa de desaceleração no segundo semestre por causa dos efeitos da alta nos juros.

– A gente provavelmente terá um PIB forte no segundo trimestre. Obviamente, em algum momento tudo que a gente está fazendo vai gerar desaceleração no segundo semestre, mas ainda assim, o crescimento é bastante maior no início do ciclo de ação — completou.

Campos Neto também comentou sobre a alta de juros que está acontecendo em nível global e ressaltou que o Brasil começou antes e está “muito perto de ter feito o trabalho todo”. Recentemente, o BC elevou a taxa básica de juros, a Selic, pela 11ª vez seguida e chegou ao patamar de 13,25% ao ano.

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