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Aliados do governo afirmam que não há clima para analisarem pautas polêmicas simultaneamente

Jade Nunes - 10/06/2019 11h09 | atualizado em 10/06/2019 11h14

O ministro da Economia, Paulo Guedes Foto: Agência Brasil/José Cruz

O governo Jair Bolsonaro adiou para agosto o lançamento da campanha publicitária pela aprovação no Congresso do pacote anticrime do ministro da Justiça, Sérgio Moro.

A Secretaria de Comunicação (Secom) havia programado para esta quarta-feira (12) uma cerimônia para apresentar as peças publicitárias, mas, a pedido da Casa Civil, o evento foi cancelado.

Tão logo a campanha foi anunciada, na semana passada, os articuladores políticos do Palácio do Planalto receberam recados de que a ofensiva poderia ter impacto direto na tramitação da reforma da Previdência.

De acordo com líderes partidários, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), chegou a indicar que, se o governo levasse adiante a ideia de usar o apelo publicitário para pressionar o Legislativo, ele paralisaria o andamento da Previdência e avançaria apenas com o projeto de Moro.

Auxiliares do presidente Jair Bolsonaro também sondaram aliados do governo no Congresso. Eles ouviram que não há clima para duas pautas polêmicas serem analisadas simultaneamente. Parlamentares alinhados ao Planalto disseram que era preciso fazer uma escolha entre a Previdência e o pacote anticrime.

Com a decisão do governo de adiar a campanha, Moro sofre mais um revés. Após sucessivas derrotas, a mais recente envolvendo o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), o ministro havia intensificado sua agenda política para tentar acelerar a tramitação da proposta no Congresso.

No último dia 16, Moro foi, inclusive, à residência oficial de Maia para pedir o apoio ao avanço do projeto na Casa. Em recentes conversas com parlamentares, o ministro chegou a dizer que, se dependesse de sua vontade, o pacote seria aprovada pelo Congresso ainda neste semestre.

A proposta de Moro está sendo analisada por um grupo de trabalho na Câmara e ainda não começou a tramitar formalmente.

Orçada em R$ 10 milhões, a campanha é assinada pela agência Artplan e levaria para a televisão casos reais e depoimentos de vítimas de violência. As peças publicitárias também falariam do combate à corrupção e do enfrentamento a organizações criminosas.

*Folhapress

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