Novo presidente do BNDES quer explicar a “caixa-preta”
Gustavo Montezano tomou posse nesta terça-feira
Henrique Gimenes - 16/07/2019 15h33 | atualizado em 16/07/2019 16h00
O novo presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Gustavo Montezano, afirmou nesta terça-feira (16) que assumirá o banco com um conjunto de metas que incluem a venda de R$ 100 bilhões de participações detidas hoje em outras companhias.
Além disso, disse que pretende devolver R$ 126 bilhões em empréstimos ao Tesouro neste ano, “redimensionar” a instituição e explicar a “caixa-preta” da empresa.
Montezano fez um discurso que procurou mostrar alinhamento com o presidente Jair Bolsonaro e com a equipe econômica ao citar a “caixa-preta” da instituição. Ele afirmou que essa será a primeira meta de sua gestão. O presidente anterior do banco, Joaquim Levy, defendia que o banco já tem um grau de transparência “que poucas instituições têm”.
Além disso, o novo executivo afirmou que o alinhamento com o governo, por meio do ministério da Economia, será de 100%.
Ele afirmou que vai acelerar a venda de R$ 100 bilhões em ações de outras empresas e chamou tais participações de “especulativas”. Segundo ele, o banco não pode competir com a iniciativa privada.
O novo presidente do banco afirmou ainda que pretende apresentar ao governo um plano trianual com orçamento, metas claras e redimensionamento da instituição para ser cumprido até o final do governo.
Segundo ele, o BNDES vai se voltar a certos assuntos, como privatizações. “O BNDES do futuro, o novo BNDES, será um banco de serviço do estado brasileiro. Ajudando o estado em privatizações, concessões, desinvestimentos e ajudando o gestor público a reestruturar suas finanças”, disse.
As declarações foram feitas na cerimônia de posse do presidente do banco no Palácio do Planalto. Além de Bolsonaro, do ministro Paulo Guedes (Economia) e de Montezano, estiveram no palco o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM); o prefeito do Rio de Janeiro, Marcello Crivella; e o senador Fernando Bezerra.
Na plateia, estavam presentes secretários especiais da equipe econômica; ministros como Augusto Heleno e Bento Albuquerque (Minas e Energia); além do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto; do Banco do Brasil, Rubem Novaes; e o senador Flavio Bolsonaro (PSL-RJ).
*Folhapress
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