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Não pode reclamar de 20% quem recebe dividendo, diz Guedes

De acordo com o ministro, média mundial de imposto sobre dividendos é 30%

Pleno.News - 01/07/2021 18h27

Ministro Paulo Guedes Foto: EDU ANDRADE/Ascom/ME

O ministro da Economia, Paulo Guedes, enfatizou nesta quinta-feira (1º) que a reforma proposta pelo governo não traz aumento de impostos.

– Quem não pagava impostos diretamente, ou seja, a classe mais alta que vive de dividendos, vai pagar agora. Aí vai dizer que já paga por meio da empresa. Não se preocupe, vamos reduzir a tributação da empresa. Não queremos que você pague através da empresa, mas, sim, pela pessoa física – afirmou, em um evento virtual.

Ele voltou a defender a proposta apresentada pela equipe econômica na semana passada para tributar a distribuição do lucro e dividendos com uma alíquota de 20%.

– Não estamos nem fazendo a tabela progressiva, é só 20%. Tem trabalhador que paga 27,5%. Então pelo amor de Deus, não pode quem recebe dividendo reclamar de pagar 20% – reforçou.

Segundo o ministro, a média mundial de imposto sobre dividendos é 30%, enquanto o governo pretende cobrar 20%.

– No mundo inteiro tem imposto sobre dividendos, ponto. Nenhum de nós vai passar fome ou passar dificuldades se pagar imposto sobre dividendos – completou.

Pela proposta do governo, a alíquota do IRPJ cairia cinco pontos porcentuais de 25% para 20% em dois anos, metade em 2022 e 2023.

Mais uma vez, porém, Guedes disse que essa redução pode chegar a dez pontos porcentuais se o governo conseguir reduzir subsídios a grupos pequenos de empresas. Essa redução maior seria de 5 p.p no primeiro ano e 5 p.p no seguinte.

– Se mexermos em subsídios de três ou quatro empresas, não são nem setores, são empresas com lobby forte que foram desoneradas. O cara de repente tem um subsídio que chega a R$ 10 bilhões, R$ 12 bilhões – disse.

De acordo com o ministro, com a retirada de subsídios, as empresas poderiam pagar 24% (de IRPJ+CSLL) em vez de 35%.

– Queremos que a perda financeira seja baixa dentro da empresa para ela investir. Já o que vier para o desfrute da pessoa mais rica, a alíquota será um pouco maior – argumentou.

– Eu ainda estou insatisfeito, tinha que ser o contrário, saiu da empresa 24% (em dividendos), e dentro da empresa 20% – concluiu.

*AE

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