Henrique Gimenes - 27/08/2017 17h15 | atualizado em 27/08/2017 17h47

Em entrevista dada ao jornal O Globo publicada neste domingo (27), o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou que a Reforma da Previdência é o “plano A, B e C” do governo. Ele ressaltou também que a equipe pode antecipar algumas das propostas de privatização para ajudar no cumprimento da meta fiscal de 2017.

Segundo Meirelles, é importante que o texto seja mantido como foi enviado para a Câmara, mas algumas alterações poderão ser negociáveis. Ele acredita, porém, que, se a proposta não for aprovada de forma integral, novas possibilidades deverão ser estudadas. Para o ministro da Fazenda, no caso de a reforma ser rejeitada no Congresso, o país enfrentará consequências.

– Várias outras legislações teriam que ser discutidas, e, em último caso, fazer outra reforma da Previdência. Sem ela, o país se torna ingovernável. Isso vai gerar taxas de juros maiores, risco maior, mais incerteza, menor confiança e menos capacidade de crescer – ressaltou.

Uma das medidas com que a equipe econômica espera conseguir mais recursos é o leilão de usinas da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig). Atualmente o procedimento está suspenso por decisão da Justiça. Meirelles disse que espera os recursos, mas no caso do leilão não acontecer, trabalha com outras possibilidades. Nesta semana, o governo lançou um pacote de privatizações de ativos. Para o ministro da Fazenda, alguns dos projetos poderiam ser acelerados para ajudar no fechamento das contas.

– Estamos atuando em várias frentes. Pode ser que os leilões de aeroportos e outros processos de privatização gerem recursos até superiores ao que está orçado. Estamos acelerando tudo o máximo possível. Podemos trabalhar com maior celeridade com a descotização das hidrelétricas da Eletrobras – afirmou.

O ministro da Fazenda ainda ressaltou que está sendo elaborada uma proposta de reforma tributária. Nas próximas semanas deverá ser enviada ao Congresso um projeto tratando das tarifas de PIS/Cofins. Henrique Meirelles garantiu também que a equipe econômica não trabalha com novos aumentos de impostos no momento.