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Meirelles: Abono salarial pode ser suspenso sem Previdência

Ministro da Fazenda ressaltou importância da reforma e disse que despesas serão cortadas se ela não for aprovada

Henrique Gimenes - 24/10/2017 16h06 | atualizado em 24/10/2017 17h27

Ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirma que governo pode suspender pagamento do abono salarial caso Reforma da Previdência não seja aprovada Foto: Agencia Brasil/Marcello Casal

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse, nesta terça-feira (24), que a Reforma da Previdência será votada na segunda quinzena de novembro deste ano. Meirelles afirmou ainda que, no caso da reforma não ser aprovada, o governo pode suspender o pagamento do abono salarial. A declaração foi dada após participação em evento da Câmara de Comércio França-Brasil, em São Paulo.

Em declaração a jornalistas, Henrique Meirelles afirmou que a medida principal, em análise no momento, é a Previdência. Para ele, é importante que a reforma seja “aprovada agora”, do contrário,”outras medidas terão que ser tomadas” .

– É o ponto mais forte que fala a favor da reforma. Se não sair agora, dificilmente será em 2018 e certamente teria que ser feita em 2019, pelo próximo governo. Isso é de interesse de todas as correntes políticas – ressaltou.

O abono salarial foi criado na época do governo militar no país. Ele concede, a quem recebe até dois salários mínimos mensalmente, um salário extra no ano. O programa custa cerca de R$ 20 bilhões anualmente aos cofres públicos.

Segundo o ministro, a Reforma da Previdência deverá ainda liberar cerca de 10% do PIB para serem investidos no país. Meirelles afirmou que, pelo fato de o Brasil ser um país jovem com gastos previdenciários altos, a medida é necessária para que o país cumpra o teto de gastos ou “despesas deverão ser cortadas”.

– O problema do Brasil, que data de 1988, é que mais de 70% das despesas são definidas pela Constituição. O importante é que todos tenham a garantia de que vão receber a sua aposentadoria – destacou.

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