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Maia defende veto a reajustes e “pede sacrifício” a servidores

Para o presidente da Câmara, o setor público "precisa dar sua contribuição"

Henrique Gimenes - 20/08/2020 16h20 | atualizado em 20/08/2020 19h28

Presidente da Câmara, Rodrigo Maia e presidente Jair Bolsonaro Foto: Folhapress PODER/Pedro Ladeira

Nesta quinta-feira (20), o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), defendeu a manutenção do veto do presidente Jair Bolsonaro que impede o reajuste de servidores públicos até 2021. Com a medida, as despesas da União, estados e municípios podem ter um aumento de R$ 98 bilhões.

O veto 17 foi derrubado pelo Senado na noite desta quarta-feira (19) e seguiu para análise da Câmara. Ao comentar o texto, Maia afirmou que é preciso manter um equilíbrio fiscal.

– Entendemos que esse veto… É muito importante a sua manutenção, para que a gente possa dar uma sinalização clara que nós queremos, claro, atender a estados, atender a municípios, atender à sociedade, mas tudo dentro do equilíbrio fiscal – explicou.

Caso a Câmara decida manter o veto, não será possível dar reajustes a nenhuma categoria do serviço público até o final de 2021. Caso ele seja derrubado na Casa, o reajuste poderá ser dado pelas autoridades competentes. Para o presidente da Casa,

– Neste momento de crise, precisamos dar um sinalização clara. Então, a reunião de hoje com os líderes do governo e dos partidos, é da nossa responsabilidade com o país. Tem partidos da base, independentes, mas todos, desde o governo Temer, têm votado junto, esse caminho do equilíbrio fiscal. Começamos pela PEC do teto de gastos, [reforma da] Previdência. Se hoje temos taxa de juros baixa, devemos isso ao Congresso – apontou.

O congelamento de reajustes até o fim de 2021 foi negociado pelo governo como contrapartida ao pacote de socorro de R$ 60 bilhões a estados e municípios, afetados pela pandemia de coronavírus. Rodrigo Maia disse que a medida não tem por objetivo ser “contra” os servidores, mas que é importante o setor público ter sua parcela de “sacrifício”.

– Estamos trabalhando para que a gente consiga na tarde de hoje manter o veto. Não tem nada contra o servidor (…) Não dá para que o setor público não dê a sua contribuição (…) Não podemos entender que o sofrimento do setor privado não tenha que ter o mínimo de sacrifício do setor público – destacou.

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