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Líder do BNDES questiona PT por construir porto em Cuba

Montezano defendeu que os investimentos do banco não sejam feitos com base na ideologia

Pedro Ramos - 16/09/2019 15h44 | atualizado em 16/09/2019 15h48

Gustavo Montezano, presidente do BNDES Foto: Marcos Corrêa/PR

O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Gustavo Montezano, deu entrevista ao jornal O Globo no último domingo (15) e declarou que o principal erro dos governos petistas foi fazer projetos por conta da ideologia.

– Uma coisa que esse governo não vai fazer é eleger país por ideologia. A gente tem que eleger país por capacidade de pagamento, de fazer negócio. Não por ideologia. Temos que ser neutros. Tem que ser uma visão negocial e de risco. Na hora que você coloca a ideologia na frente do risco, dá nisso (…) Se outro país quer ser democrático ou não, comunista ou não, é problema do outro povo. O outro povo que faça a escolha. Agora, a gente deveria tratar todo mundo da mesma forma. Por que a gente construiu porto em Cuba e não em qualquer outro lugar? – disse Montezano.

Em relação a abertura da caixa preta do BNDES, o presidente do órgão disse na entrevista que não estava ali para falar do tema, mas sim “recuperar a credibilidade do banco” e dar mais transparência para a instituição.

O líder do órgão também falou sobre a divulgação dos nomes de pessoas que tomaram empréstimos para comprar jatinhos e também informou que o foco do banco será a melhoria da infraestrutura do país.

– O tema já é politizado por si. Então, a partir de qualquer informação nova, haverá esse debate ideológico. Nosso trabalho é prover o máximo possível de informações mais concretas, técnicas e simples para que as pessoas discutam com mais conteúdo. O que a gente quer para o país? Financiar ditaduras com viés ideológico ou fazer acordos comerciais com quem traz mais divisas e menos risco para o Brasil? A gente quer subsidiar financiamento à indústria para fábrica de ônibus, de caminhão, que são instrumentos produtivos da economia, ou subsidiar artigos de luxo com o dinheiro público? Acho que a sociedade tem que debater mesmo. Faz parte do jogo – declarou o presidente.

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