INSS: Ressarcimento pode sair do Tesouro, admite novo presidente
Fraude na previdência foi de ao menos R$ 6,3 bilhões
Pleno.News - 05/05/2025 14h01 | atualizado em 05/05/2025 14h09

O novo presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Gilberto Waller Júnior, afirmou, nesta segunda-feira (5), que o governo irá cobrar ressarcimento dos conglomerados de empresas envolvidos nos descontos indevidos em aposentadorias e pensões.
– Vamos buscar recursos nos sócios e conglomerados de empresas para ressarcir – declarou.
Segundo ele, o pagamento aos segurados prejudicados deve começar ainda nesta semana.
As declarações foram dadas em entrevista à GloboNews, na qual Waller Júnior afirmou que caso os recursos não sejam suficientes ou disponíveis de imediato, a administração pública poderá assumir a responsabilidade pelo pagamento.
– O segundo passo é que a administração pública vai arcar com o restante que não conseguiu essa restituição. Aparentemente sim, aparentemente isso é uma consequência – disse.
Questionado sobre a possibilidade de o Tesouro Nacional ser acionado para viabilizar os pagamentos, Waller não descartou a hipótese.
– Não dá para garantir que Tesouro fique fora; estamos estudando método de ressarcimento – disse.
O tema é acompanhado de perto por integrantes da equipe econômica por seu potencial impacto fiscal. Ele indicou também que o formato do pagamento ainda está sendo debatido.
– Estamos discutindo como ressarcir, se parcelado, ou não.
O presidente do INSS ainda destacou que a prioridade do governo federal, segundo orientação direta do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), é proteger os aposentados e pensionistas prejudicados.
– A determinação de Lula é que segurado seja colhido, protegido. O presidente exigiu agilidade no ressarcimento de aposentados e pensionistas – afirmou.
Waller Júnior também reconheceu falhas internas no sistema de dados da autarquia e prometeu medidas corretivas.
– Vamos disciplinar o INSS em relação às fragilidades de dados cadastrais dos segurados – prometeu.
Segundo ele, há reuniões frequentes com órgãos de controle para monitorar a situação.
– Todo final de semana estamos nos reunindo com os órgãos de controle para identificar fragilidades.
*AE
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