Guedes na Câmara: “Após seis horas a baixaria começa, né?”
Ministro da Economia participou de reunião para falar sobre reforma da Previdência
Jade Nunes - 09/05/2019 09h01 | atualizado em 09/05/2019 09h21
O ministro da Economia, Paulo Guedes, participou nesta quarta-feira (8) de uma audiência pública na comissão especial, que ocorreu na Câmara dos Deputados, para explicar detalhes da reforma da Previdência.
Na ocasião, ele afirmou que não responderia às provocações dos adversários.
– Após seis horas a escalada fica um pouco mais pessoal. Então, estou sendo ameaçado de crime de responsabilidade, estão entrando no Google para pegar coisas minhas. Não vou reagir nem a ameaça, nem a ofensa. (…) O custo da transição de 1 milhão, respondendo ao nosso deputado José Guimarães, também se eu googlar dinheiro na cueca vai aparecer alguma coisa, né? Bem, depois de seis horas a baixaria começa, né? É o padrão da casa – disparou o ministro.
Na reunião, Guedes apresentou números para justificar a necessidade da reforma. Segundo ele, o atual sistema está condenado à falência.
– O movimento em direção à nova Previdência é para garantir o pagamento de aposentadorias, benefícios e da assistência social. Se não fizermos nada, não há garantia de que esses pagamentos poderão ser feitos, como vários estados já estão experimentando. A velha Previdência é uma fábrica de privilégios. É uma máquina de transferências perversas de renda. Ela taxa os mais pobres e transfere renda para os mais favorecidos. O nosso movimento em direção à nova Previdência é exatamente para mudar isso – explicou.
Apesar da proposta ser atacada pela ala esquerdista, o secretário de Previdência, Rogério Marinho, lembrou que, desde o governo Fernando Henrique Cardoso, todos os presidentes consideraram e falaram sobre a necessidade de levar o projeto à frente.
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