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Guedes: Governo pode reduzir ainda mais alíquota de IRPJ

Governo já propôs ao Congresso reduzir dos atuais 15% para 10%

Pleno.News - 01/07/2021 15h42 | atualizado em 01/07/2021 17h19

Ministro da economia Paulo Guedes
Ministro da economia, Paulo Guedes Foto: Alan Santos/PR

Nesta quinta-feira (1º), o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que o governo pode propor a redução de até 10 pontos percentuais do imposto de renda cobrado de pessoas jurídicas (empresas, fundações, sociedades, igrejas, organizações não governamentais e partidos políticos), caso consiga aprovar no Congresso Nacional o fim da concessão de isenções “bilionárias para poucas empresas”. As informações são da Agência Brasil.

De acordo com o ministro, a equipe econômica está refazendo os cálculos que embasaram a proposta da reforma tributária entregue ao Congresso Nacional na semana passada.

No texto já apresentado, o governo propõe reduzir o Imposto de Renda de Pessoa Jurídica (IRPJ) dos atuais 15% para 10% de forma escalonada. Pela proposta original, a mudança na alíquota ocorreria em duas etapas, a alíquota diminuiria para 12,5% ainda este ano e para 10% apenas em 2023, totalizando uma redução de 5 pontos percentuais.

– Já estamos reavaliando para uma redução imediata de cinco [pontos percentuais] e, talvez, de até 10 [pontos percentuais] de queda imediata nas alíquotas [cobradas] das empresas, desde que consigamos aprovar a remoção de isenções bilionárias que, às vezes, [beneficiam] uma única empresa – disse Guedes.

O ministro deu declarações ao apresentar os resultados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged) de maio, mês em que houve um saldo de 280,6 mil postos de trabalho formais.

Guedes disse que os subsídios alcançam cifras bilionárias e contemplam poucas grandes empresas que foram capazes de, no passado, fazer valer seus interesses.

– Geralmente cartéis, oligopólios e até mesmo monopólios em um ou dois setores da economia.

O ministro da Economia argumentou que, ao mesmo tempo em que tenta reduzir a carga tributária para o conjunto das empresas, a proposta da reforma tributária do governo quer aliviar também o peso sobre a parcela dos contribuintes que são pessoas físicas de menor poder aquisitivo.

– O que estamos fazendo é tributar os rendimentos de capital e reduzindo [a carga] de empresas e assalariados. Encontramos uma nova base, que são os rendimentos de capital, que estavam isentos há 25 anos, ou seja, são justamente as pessoas que têm mais recursos as que [neste período] pagaram menos impostos do que as pessoas físicas. Chegamos a dados extremos, como, por exemplo, apenas 20 mil pessoas receberam R$ 280 bilhões em isenções – destacou Guedes.

Ele explicou ainda a proposta de passar a tributar em 20%, na fonte, os lucros e dividendos que as empresas distribuem a pessoas físicas e que, atualmente, são isentos da cobrança de imposto.

– Idealmente, deveríamos ir reduzindo o IRPJ, pois [a pessoa jurídica] é uma ficção. Enquanto o dinheiro estiver lá dentro [das empresas], está gerando inovação, investimento, criação de emprego e renda, aumento de produtividade, melhores salários e treinamento. Dentro da empresa, o dinheiro deve ser cada vez menos tributado. É quando ele sai para a pessoa física que deve haver esta tributação – defendeu Guedes.

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