Guedes diz que Brasil está longe da depressão econômica
Ministro apontou que, apesar da crise, economia está se mantendo de pé
Pleno.News - 30/06/2020 17h31 | atualizado em 30/06/2020 17h33
O ministro da Economia Paulo Guedes afirmou aos parlamentares na manhã desta terça-feira (30) acreditar que o país não precisa emitir mais moeda para enfrentar a crise do novo coronavírus. Para ele, isso só seria necessário caso o país estivesse em depressão econômica.
Em audiência pública com a comissão mista de acompanhamento das ações de combate à Covid-19, Guedes afirmou que a possibilidade do Banco Central emitir moeda e dívida para superar a crise ainda é distante.
Na avaliação do ministro, a medida só seria necessária caso o país estivesse se aproximando de uma depressão econômica.
– Se estivéssemos nessa situação, o juro praticamente desce pra zero e aí não há mais diferença entre títulos que pagam juros e moeda que não paga juro nenhum. Seria uma situação de depressão, a demanda por moeda vai ficar infinitamente elástica – avaliou.
Guedes já tinha dito algo semelhante durante a reunião da comissão em abril, ao responder as perguntas de parlamentares.
Ele voltou a citar que em uma situação em que a inflação estiver praticamente em zero e os juros desabarem, o país cairia em uma “armadilha da liquidez”.
Isso significa que a queda da taxa de juros em tentativa de injetar dinheiro na economia não surtiria mais efeito.
Em vez de emprestar dinheiro a taxas prefixadas ou comprar títulos públicos, os bancos manteriam o dinheiro na tesouraria. A medida tentaria evitar perdas quando os juros subirem.
Entretanto, Guedes afirmou à comissão acreditar que o país não está nesta situação ainda.
– Mas estamos muito longe dessa situação, não acredito que estamos indo para uma depressão – afirmou.
*Folhapress
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