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Guedes critica mudanças em relatório da Previdência

Para o ministro, deputados podem "abortar" a nova Previdência

Henrique Gimenes - 14/06/2019 16h46 | atualizado em 14/06/2019 17h49

Ministro Paulo Guedes criticou mudanças no relatório da reforma da Previdência Foto: PR/Isac Nóbrega

Nesta sexta-feira (14), o ministro da Economia, Paulo Guedes, criticou o relatório apresentado pelo relator da reforma da Previdência na comissão especial da Câmara dos Deputados. Para ele, as mudanças no projeto aconteceram por pressões corporativas” e “lobby de servidores do Legislativo” e podem “abortar” a nova Previdência.

– Eu acho que houve um recuo que pode abortar a nova Previdência. O recuo é que pelo menos pressões corporativas e de servidores do Legislativo forçaram o relator a abrir de R$ 30 bi para os servidores do Legislativo que já são favorecidos no sistema normal, então recuaram na regra de transição. E como isso ia ficar feio, recuar só nos servidores, estenderam também para o regime geral – apontou.

No relatório, apresentado nesta quinta-feira (13) pelo deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), alguns dos pontos do texto foram retirados, como mudanças na aposentadoria rural e no Benefício de Prestação Continuada (BPC). Também não foi incluído o regime de capitalização e nem a inclusão de estados e municípios na reforma. Para o ministro, era importante manter a economia em R$ 1 trilhão.

– Eu esperava que cortassem o BPC e o Rural, daí ficava R$ 1 trilhão [de economia em período de 10 anos]. Porque com R$ 1 trilhão, eu alertei varias vezes, nós conseguimos lançar a nova Previdência, que é o compromisso com as futuras gerações. Mas aí, na verdade, cortaram R$ 350 bilhões [do proposta original] – apontou.

Paulo Guedes disse ainda que irá respeitar a decisão do Congresso, mas que o texto atual não traz um “compromisso com as futuras gerações”.

– Eu não vou criticar, eu estou esclarecendo e vou respeitar a decisão do Congresso. Agora, é importante que os deputados, que o relator, se aprovar a reforma do relator, que são R$ 860 bilhões de cortes, [digam que] abortaram a nova Previdência. Mostraram que não há compromisso com as futuras gerações. O compromisso com os servidores públicos do Legislativo parece maior do que das futuras gerações – destacou.

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