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Fernando Haddad diz que não se trata de um "recado para o Banco Central"

Pleno.News - 01/03/2023 11h37 | atualizado em 01/03/2023 11h57

Fernando Haddad e Lula Foto: EFE/Fernando Bizerra

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou, nesta terça-feira (28), imposto de R$ 0,47 na gasolina e de R$ 0,02 no etanol. O ministro afirmou, nesta quarta (1º), que a decisão de reoneração não é um recado para o Banco Central reduzir a taxa de juros.

De acordo com Haddad, a própria autoridade monetária destacou, por meio da ata do Comitê de Política Monetária (Copom), que o restabelecimento dos tributos era uma política desejável para amenizar a pressão sobre a Selic, que está a 13,75% hoje.

– Eu como ministro da Fazenda tenho que tomar medidas compensatórias para permitir e até contar que o Banco Central faça a parte dele e comece a restabelecer o equilíbrio da política econômica com vistas ao crescimento sustentável – disse Haddad em entrevista ao UOL.

Na terça, ao anunciar a medida provisória que estabeleceu a reoneração do PIS/Cofins sobre gasolina e etanol e a taxação de exportação sobre óleo cru, sem perda de arrecadação, Haddad disse esperar que o Banco Central reaja como previsto pelas atas.

Ele negou, em entrevista, que o discurso era uma pressão à autoridade monetária.

– Lembrei o que estava escrito na ata do Copom – afirmou.

Em crítica ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o ministro disse que este deixou ao país um “legado com a maior taxa de juros reais do mundo”. Sobre uma possível redução do patamar pelo Banco Central, mesmo com a medida anunciada na terça, Haddad reiterou que é missão do Copom diminuir ou não, e quando, a Selic no país.

Ele afirmou ainda que cabe ao governo anunciar medidas boas, como reajuste de salário mínimo e da tabela do imposto de renda. A explanação de políticas menos compreensivas, mas que precisam ser tomadas pelo bem do país, segundo ele, “faz parte da missão do ministro da Fazenda”.

O ministro reforçou que o governo federal não tem projeto para ficar popular em seis meses. Ele lembrou que no primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2003, foram tomadas medidas duras mesmo com o cenário internacional mais favorável se comparado à realidade atual.

*AE

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