Henrique Gimenes - 20/03/2020 16h23

Nesta sexta-feira (20), o presidente Jair Bolsonaro participou videoconferência com empresários para tratar sobre medidas de enfrentamento ao coronavírus. Ao lado de ministros e representantes de ministros, ele falou sobre as ações definidas até do momento.

Logo no início, o presidente falou sobre as determinações de alguns governadores em fechar estradas e aeroportos.

– Os empresários não podem parar porque precisamos produzir muitas coisas (…) A nossa economia também não pode parar no tocante à produção de alimentos e não procede algumas decisões sendo tomadas isoladamente pelo Brasil por outras autoridades, como as de fechar aeroportos ou fechar estradas. Agindo dessa maneira, nós, além de levarmos pânico a uma situação que requer, de todos nós, cabeça no lugar e muita frieza para lidar com o problema – ressaltou.

Bolsonaro também explicou aos empresários que seu governo está finalizando a implementação de propostas solicitadas pelo setor produtivo para lidar com a crise.

– Nas últimas semanas, 35 propostas do setor produtivo chegaram à nossa mesa. Uma parte considerável foi implementada e outras estão em fase final, tendo em vista a urgência que o momento requer – destacou.

Ao terminar a introdução, Bolsonaro passou a palavra aos representantes dos ministérios. O secretário especial de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia, Carlos Costa, falou sobre as medidas tomadas pela Pasta.

– Temos exemplos de milhões de brasileiros que fazem entregas, caixas de supermercados, atendentes do INSS e tantos outros corajosos que trabalham para manter o nosso país vivo. Sempre compartilharemos as informações do que estamos fazendo (…) Serão várias semanas e precisamos estar unidos trabalhando no que é necessário com todas as medidas de prevenção e responsabilidade para vencer o desafio (…) Dialogamos com 200 entidades do setor produtivo sobre pleitos e sugestões para atenuar a crise de 100% da indústria de comércio e serviço. Classificamos cada pedido em cinco dimensões (…) São elas: fôlego ao fluxo de caixa, manutenção da oferta de bens e serviços, desburocratização urgente, flexibilizaçào trabalhista emergencial e preservação do consumo responsável – explicou.

Já o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, explicou aos empresários as medidas para evitar o colapso do sistema de saúde do Brasil.

– Claramente, no final de abril, nosso sistema [de saúde] entra em colapso (…) Isso é quando não tem aonde entrar. É o que está vivenciando a Itália, não tem aonde entrar. Evitar esse colapso, eventualmente pode ser necessário segurar a movimentação para ver se consegue diminuir a transmissão. Quando tomamos uma medida como segurar 14 dias, o impacto só é sentido 28 dias depois (…) – Estamos vendo se trabalhamos com algumas interrupções, segurando o máximo dos idosos, porque são eles que causam o colapso do sistema. Protegendo ao máximo, isolando literalmente – destacou.

https://twitter.com/tvbrasilgov/status/1241063932363767809

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