“Entre os pré-candidatos, Lula tem o pior programa econômico”
Afirmação foi feita pelo economista Maílson da Nóbrega em entrevista à Jovem Pan
Henrique Gimenes - 17/01/2022 16h26 | atualizado em 17/01/2022 16h52
Ex-ministro da Fazenda do governo de José Sarney, o economista Maílson da Nóbrega falou sobre os planos econômicos apresentados até o momento pelos pré-candidatos à Presidência nas eleições deste ano. E para ele, o pior de todos é o do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O comentário foi feito durante uma entrevista à Jovem Pan.
Maílson citou como exemplo o questionamento feito por integrantes do Partido dos Trabalhadores (PT) sobre a reforma trabalhista aprovada no governo do ex-presidente Michel Temer, e disse que isso é “conspirar contra o Brasil”.
– O candidato que deu os piores sinais até agora foi o Lula (PT). Ele e os seus assessores estão questionando a legislação trabalhista, e retroagir nesta reforma é conspirar contra o Brasil. Acho que tudo isso é um teatro. O Lula está fazendo isso para dar sinais para a sua base que é a favor desses equívocos. Por exemplo, ele disse que a gasolina não vai seguir os preços internacionais. É inacreditável, ele sabe que tem de seguir. Ele diz isso porque certas pessoas querem ouvir – apontou.
Para Maílson, no entanto, Lula deve mudar o discurso caso tenha de que vai vencer as eleições.
– O que vai acontecer é que na proximidade das eleições, se ele tiver segurança que tem nas mãos essa vitória, vai mudar, como fez em 2002. Ele vai escolher um ministro da Economia que seja confiável para o setor privado, sobretudo para os investidores no mercado financeiro. Eu sou capaz de apostar que tudo isso que está sendo dito agora por supostos porta-vozes do Lula vai ser esquecido se ele se eleger, que foi o que aconteceu entre 2002 e 2003 – ressaltou.
Ele então lembrou que o petista fez no início de seu primeiro mandato, em 2003.
– O Lula jogou no lixo o programa do PT, que tinha um título muito provocativo: “A ruptura necessária”. O Lula jogou isso fora e continuou a política econômica do Fernando Henrique Cardoso, convidou um banqueiro de um banco estrangeiro para ser o presidente do Banco Central e aprovou a equipe do ministro Antonio Palocci formada por economistas de primeira linha e liberais – destacou.
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