Drex reduzirá circulação de dinheiro físico, diz Campos Neto
Há R$ 10 bilhões a menos em papel-moeda circulando no Brasil em 2023
Pleno.News - 10/08/2023 14h24 | atualizado em 10/08/2023 15h42

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse, nesta quinta-feira (10), que o real digital – Drex – deve acelerar a redução do uso de papel-moeda no Brasil.
– O papel-moeda vai diminuir, mas é difícil prever se vai deixar de existir – afirmou, em arguição pública no plenário do Senado.
Segundo Campos Neto, há hoje R$ 285 bilhões em circulação em espécie, com queda de R$ 10 bilhões em relação a 2022.
O presidente do Banco Central reafirmou ainda que o BC não terceiriza a gestão de reservas internacionais desde 2018, mas reforçou que a instituição monetária fez isso no passado; inclusive, com aval do Tribunal de Contas da União (TCU).
Segundo Campos Neto, 73,6% dos BCs permitem o gerenciamento de reservas por terceiros atualmente.
– Diversos países fazem isso, sempre em uma proporção muito pequena. Quando um BC terceiriza a gestão de reservas, é para aprender a lidar com recursos novos – afirmou.
O QUE É DREX
Também chamado de real digital, o Drex funcionará como uma versão eletrônica do papel-moeda, que utiliza a tecnologia blockchain, a mesma das criptomoedas. Classificada na categoria Central Bank Digital Currency (CBDC, Moeda Digital de Banco Central, na sigla em inglês), a ferramenta terá o valor garantido pela autoridade monetária. Cada R$ 1 equivalerá a 1 Drex.
Considerado à prova de hackers, o blockchain é definido como uma espécie de banco de dados ou de livro-razão com dados inseridos e transmitidos com segurança, rapidez e transparência. Sem um órgão central de controle, essa tecnologia funciona como uma espécie de corrente de blocos criptografados, com cada elo fechado depois de determinado tempo. Nenhuma informação pode ser retirada ou mudada, porque todos os blocos estão conectados entre si por senhas criptografadas.
*Com informações da AE
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