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Desastre de Brumadinho fez indústria recuar em 2019

Tragédia prejudicou o crescimento do setor, que registrou sucesso em 2017 e 2018

Pleno.News - 04/02/2020 11h19

Barragem da Vale em Brumadinho, MG, se rompeu no dia 25 de janeiro de 2019 Fotos: EFE/Antonio Lacerda, Lucas Landau, Yuri Edmundo e Paulo Fonseca

Depois de avançar por dois anos consecutivos, a produção industrial brasileira recuou em 2019, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados nesta terça-feira (4).

Enquanto o setor teve crescimento de 2,5% e 1% em 2017 e 2018, respectivamente, no ano passado o desempenho foi de retração de 1,1%. Economistas ouvidos pela agência Bloomberg projetavam uma queda de 0,8% no período.

O tombo é reflexo do mau desempenho da indústria extrativa, cujo recuo, no acumulado do ano, chegou a 9,7%. O outro segmento do setor, a indústria de transformação, avançou 0,2%, no mesmo período. A tragédia de Brumadinho (MG), que teve um saldo de 249 mortos e 21 desaparecidos, e é considerada o maior desastre ambiental brasileiro, contribuiu para a queda.

– Tiveram grande peso nesses resultados negativos os efeitos na indústria extrativa, em decorrência do rompimento da barragem de Brumadinho no início de 2019 – disse André Macedo, gerente da pesquisa.

Após a tragédia, as unidades produtoras de minério precisaram paralisar a produção para realizar medidas de segurança e de proteção ao meio ambiente. Ao longo do ano, mais da metade das áreas pesquisadas pelo IBGE tiveram perdas. Segundo o instituto, 16 das 24 atividades pesquisadas recuaram.

OUTRAS ATIVIDADES INDUSTRIAIS
A produção de bens de consumo foi o ponto positivo do ano, com alta de 1,1% em 2019, sendo 2% dos bens duráveis e 0,9% dos semiduráveis e não duráveis. As ações do governo em prol do avanço no mercado de trabalho e a liberação de saques do FGTS contribuíram para a injeção de dinheiro na economia.

Apesar desse comportamento negativo em 2019, o ano registrou redução na intensidade das perdas da indústria de um semestre para o outro. Nos primeiros seis meses houve recuo de 1,4%, enquanto na segunda metade da temporada a queda ficou em 0,9%, sempre em comparações com iguais períodos de 2018.

*Folhapress

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