Petrobras aceita discutir reajustes na gasolina
Empresa sinalizou ao governo que pode debater mudanças na política de preços do combustível
Henrique Gimenes - 04/06/2018 16h58
Para finalizar a greve dos caminhoneiros, o governo acertou a redução de R$ 0,46 no preço do diesel e uma mudança no reajuste de preços do combustível. Só que a gasolina acabou ficando de fora em um primeiro momento.
A Petrobras, no entanto, fez um sinal ao governo de que poderia aceitar discutir a política também para a gasolina. As informações foram dadas pelo jornal Folha de S.Paulo nesta segunda-feira (4).
Desde o ano passado que a empresa promove reajustes diários no preço dos combustíveis baseados na cotação do dólar e também no preço do barril de petróleo nos mercados internacionais. De acordo com a publicação, para alterar esta política, porém, a Petrobras estabelece duas condições: a de que os preços no exterior continuem como referência no mercado nacional; e a de que a empresa seja protegida quando os preços internacionais estiverem menores do que os praticados no Brasil.
O Ministério de Minas e Energia (MME) anunciou, em nota enviada na sexta-feira (1), a criação de um grupo de trabalho junto à ANP (Agência Nacional de Petróleo) e técnicos do Ministério da Fazenda, para discutir alterações nos reajustes.
Não vai ser a primeira mudança, caso a empresa altere a maneira de reajustar a gasolina. Desde janeiro que a empresa modificou a política de preços do gás de cozinha residencial, que passou a ser atualizado a cada três meses.
O preço do diesel também ficará congelado por 60 dias, após o acordo com os caminhoneiros. No entanto, a União irá subsidiar a Petrobras, em uma medida que irá custar R$ 9,5 bilhões no ano.
Leia também1 Petrobras tem novo presidente após saída de Pedro Parente
2 Desconto de R$ 0,46 no diesel pode levar 15 dias para chegar