Mais de 62 milhões de pessoas fecharam 2018 com nome sujo
Dados foram divulgados pelo SPC e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas
Henrique Gimenes - 15/01/2019 16h28
Dados divulgados pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) apontam que 62,6 milhões de pessoas terminaram o ano de 2018 com o nome sujo. O número representa um crescimento de 4,41% na comparação com 2017 e representa 40% da população adulta do Brasil.
O levantamento aponta que o setor com o maior número de dívidas atrasadas foi o de água e luz, que teve um crescimento de 14% em relação a 2017. Em segundo lugar estão as dívidas bancárias, como cartão de crédito, empréstimos e cheque especial. Estas tiveram um aumento de 6,81%.
De acordo com o preisdente da CNDL, José Cesar da Costa, a situação é explicada em parte pela crise econômica e em parte pela educação financeira do brasileiro.
– A reversão desse quadro passa pela continuidade da melhora econômica em curso e, em especial, daquilo que toca diretamente o consumidor, que é emprego e renda. Além disso, exige um esforço contínuo de educação sobre o consumo, pois o brasileiro, mesmo diante da crise recente, ainda não aprendeu a gerenciar melhor as finanças – explicou.
Veja a faixa etária da população com mais contas em atraso.
- dos 18 aos 24 anos – 17,1% têm contas atrasadas;
- dos 25 aos 29 anos – 44,4% têm contas atrasadas;
- dos 30 aos 39 anos – 51,6% têm contas atrasadas;
- dos 40 aos 49 anos – 50,1% têm contas atrasadas;
- dos 50 aos 64 anos – 41,3% têm contas atrasadas;
- dos 65 aos 84 anos – 32,9% têm contas atrasadas;
- dos 85 aos 94 anos – 16,2% têm contas atrasadas.
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