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Em entrevista, Mourão diz ser contra privatização da Petrobras

Vice-presidente afirmou que a medida não resolveria a questão dos preços dos combustíveis

Henrique Gimenes - 17/11/2021 16h34 | atualizado em 17/11/2021 17h49

Vice-presidente, Hamilton Mourão Foto: Romério Cunha/VPR

Nesta quarta-feira (17), o vice-presidente da República, Hamilton Mourão, falou sobre a questão dos preços dos combustíveis no Brasil e disse ser contra a privatização da Petrobras.

Em entrevista ao portal Uol, Mourão apontou que a medida não iria resolver a questão dos preços e que o problema é o refino.

Mourão iniciou o assunto apontando que o governo do Brasil possui apenas 37% da Petrobras e que a empresa possui ações na Bolsa de Valores.

– Eu sou contra hoje a privatização. Não vejo que ela é a solução do problema. O governo detém hoje 37% da Petrobras, na realidade. Os outros 63% estão distribuídos entre os mais diversos acionistas. A Petrobras é uma empresa com ação em bolsa – explicou.

Na sequência, Mourão apontou que parte do combustível vendida no país vem do exterior.

– É só você olhar, um quinto do combustível que é vendido aqui no Brasil é importado. Também se deixou um pouco de lado a questão do etanol, que é um combustível nosso. E eu já vivi todas essas crises. Na década de 70, o posto de combustível fechava no final de semana – afirmou.

Mourão seguiu explicando que os combustíveis sofreram grande aumento de preços no mercado internacional e que o Brasil ainda sofreu com desvalorização da moeda.

– O combustível aumentou em preços internacionais 60% nesse ano. Aqui, no Brasil, ele aumentou 50%. Então nós nem mantivemos a paridade internacional. Ao mesmo tempo, a nossa moeda se desvalorizou. Então foi uma tempestade perfeita – apontou.

Mourão deu como exemplo o fato de não sermos “autossuficientes na produção de combustível”.

– O que acontece no nosso país é que somos autossuficientes na produção de petróleo, mas não somos autossuficientes na produção de combustível. 20% do combustível que utilizamos no Brasil é importado. Então não adianta importar por dez, chegar aqui e vender por cinco. Quem é que vai fazer isso? Ele vai ter que vender, no mínimo, pelo preço que ele está importando – ressaltou.

Por fim, o vice-presidente disse acreditar que os preços irão cair no Brasil com a construção de refinarias por parte de outras empresas.

– Agora, está sendo quebrado o monopólio do refino. Então eu acredito que, em curto espaço de tempo, com novas refinarias sendo construídas e com novas empresas entrando nisso aí, teremos uma queda significativa do preço do combustível aqui, no Brasil – destacou.

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