Henrique Gimenes - 01/06/2018 16h31

A principal solicitação feita pelos caminhoneiros em greve foi a redução no preço do litro do diesel. O governo acabou cedendo e, no último domingo (27), o presidente Michel Temer anunciou uma redução de R$ 0,46 no combustível. A lei foi publicada na quinta-feira (31). Nesta sexta-feira (1º), no entanto, o diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Décio Oddone, disse que o desconto pode levar até 15 dias para chegar aos consumidores.

A declaração foi dada após uma reunião com o ministro de Minas e Energia, Moreira Franco, e também com representantes de distribuidores e de revendedores de combustíveis. Décio Oddone disse que alguns estados, como o Rio de Janeiro e São Paulo, já possuem condições de aplicar o novo preço.

– O Brasil é um país complexo de dimensões continentais e temos de considerar isso ao planejar os nossos processo de abastecimento e fiscalização, de maneira que já identificamos alguns locais em que esses novos preços podem ser praticados imediatamente e a medida em que o preço for passando, vai ser possível chegar esse desconto a outros lugares do Brasil – apontou.

O presidente da Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e Lubrificantes (Fecombustíveis), Paulo Miranda Soares, presente na reunião, disse que os postos de combustíveis não são obrigados a repassar o desconto, mas que acredita que eles aplicarão o corte por “boa vontade”.

– Não existe lei que me obrigue a fazer esse repasse. É uma boa vontade dessa categoria que é a parte mais competitiva da cadeia do petróleo. Tem 40 mil empresários brigando pelo cliente que tem o maior interesse em ter um preço competitivo, mas eu acho que nos não vamos ter dificuldades em fazer esse repasse – ressaltou.

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