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Comércio cresce 8% em junho e tem 2° mês seguido de alta

Vendas no varejo subiram novamente após alta recorde apresentada em maio

Paulo Moura - 12/08/2020 10h29

Comércio apresentou alta pelo segundo mês consecutivo Foto: Agência Brasil/Marcelo Camargo

Com a flexibilização do isolamento em grande parte do país, o comércio brasileiro teve o segundo mês consecutivo de alta em junho e já recuperou o patamar verificado em fevereiro, antes da pandemia. Ainda assim, fecha o primeiro semestre com o pior resultado desde 2016.

De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), as vendas do varejo no país subiram 8%, após avanço recorde de 13,9% em maio. Com os dois meses de alta, o setor fechou o mês 0,1% acima do registrado em fevereiro.

– Os resultados positivos eram esperados porque viemos de uma base de comparação muito baixa, que foi o mês de abril (-17%). Esse crescimento, então, foi praticamente generalizado, distribuído em quase todas as atividades – disse o gerente da pesquisa, Cristiano Santos.

Santos ressalta que a recuperação foi puxada por poucas atividades: materiais de construção, móveis e supermercados. Há atividades ainda bem abaixo do nível de vendas pré-crise, como Tecidos, vestuários e calçados, que venderam em junho 45,8% a menos do que em fevereiro.

A única atividade que registrou queda no mês foi Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (-2,7%), que não sofreu tanto os efeitos da pandemia. As maiores altas se deram em Livros, jornais, revistas e papelarias (69,1%), Tecidos, vestuário e calçados (53,2%), Móveis e eletrodomésticos (31%) e Outros artigos de uso pessoal e doméstico (26,1%).

Na comparação com o mesmo perído do ano anterior, houve alta de 0,5%. Em 2020, o varejo acumula recuo de 3,1%. O chamado varejo ampliado, que inclui as vendas de automóveis, cresceu 12,6% em relação a maio, mas registra queda de 0,9% em relação a junho de 2019.

Junho marcou a reabertura do comércio de rua em São Paulo, principal mercado do país, medida que era vista pela indústria como uma das principais esperanças de retomada após o tombo recorde registrado no início da crise.

Respondendo à retomada das vendas na ponta, a indústria registrou crescimento de 8,9% naquele mês, também o segundo mês consecutivo de alta. Principal motor da economia brasileira e ainda sem sinais de recuperação, o setor de serviços terá o resultado de junho divulgado nesta quinta (13).

Segundo o IBGE, vem caindo o número de empresas relatando impactos do isolamento social em seus negócios. Em junho, 32,9% das empresas que informaram variações na receita relacionaram o problema ao isolamento. Em abril, eram 63,1%.

*Folhapress

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