Coca-Cola pode retirar fábrica do Brasil e ir para a Colômbia
Companhia deseja recuperar subsídio na Zona Franca de Manaus
Ana Luiza Menezes - 21/08/2018 15h43

A Coca-Cola ameaçou acabar com sua produção de refrigerantes no Brasil caso não recupere os subsídios perdidos por causa da greve dos caminhoneiros. A companhia deseja reaver os benefícios que tinha antes da paralisação que ocorreu em maio.
Além da marca americana, outras empresas do setor de bebidas se manifestaram perante o governo brasileiro. Elas alegam que só faz sentido produzir na Zona Franca de Manaus se a alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) que incide sobre o concentrado de refrigerante for de, pelo menos, 15%.
Se o presidente Michel Temer não ceder, a Coca-Cola pretende ir para outro país que oferece melhores incentivos fiscais, como a Colômbia. Com a saída, além de desempregos haverá aumento no preço do refrigerante que passaria a ser importado.
Antes, a lei permitia que os fabricantes de refrigerantes instalados na Zona Franca vendessem para seus envasadores sem pagar IPI. Porém, uma investigação da Receita Federal suspeita que a subsidiária da marca no Brasil superfatura seus produtos para ampliar o lucro na Zona Franca. O quilo do concentrado do produto é vendido por R$ 200 no mercado interno e exportado por R$ 20. A diferença teria permitido remessas mais significativas para a matriz, nos Estados Unidos.
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